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Novo plano do FMI e da troika: Mais cortes e mais despedimentos
O “Jornal de Negócios” desta quarta-feira dá a conhecer o novo plano do FMI para cortar 4.000 milhões de euros na despesa pública. O plano contou com a assessoria do Banco Mundial e da Comissão Europeia e teve a colaboração especial dos secretários de Estado do Orçamento, Morais Sarmento, dos Negócios Estrangeiros, Morais Leitão, e da Administração Pública, Hélder Rosalino, cuja “liderança” foi muito útil segundo o FMI. Estas referências deixam claro que o plano do FMI é de facto um novo plano da troika e do Governo PSD/PP.
O plano é significativo pelas medidas asfixiantes, da maioria da população e da economia, que propõe. Porém, é igualmente significativo no que não trata e omite. O plano não refere as profundas desigualdades existentes em Portugal e que se estão a agravar significativamente. Também não trata da evasão fiscal dos mais ricos, da fuga de capitais e holdings para paraísos fiscais, de impostos sobre a banca ou sobre rendimentos de capitais. Igualmente nada diz sobre cortes nas PPP's e pelo contrário propõe até novas medidas de apoio do Estado ao capital privado, na educação.
O plano propõe cortes nos salários, redução e despedimento de funcionários públicos e novas reduções nas pensões. Uma das propostas para as pensões é novo corte de 10% para todas as pensões de reforma. Quanto à função pública, o plano propõe o despedimento de 70 mil a 140 mil trabalhadores.
Este plano pretende também novos cortes no subsídio de desemprego no valor e no tempo de atribuição.
Sobre os salários mais baixos a hipocrisia do FMI atinge o cúmulo ao propor o corte permanente dos salários mais baixos na função pública, pois segundo o plano a administração pública de Portugal tem salários “relativamente elevados pagos a trabalhadores com baixas qualificações” e estes “não estão em risco de pobreza”.
Na educação, o FMI quer despedir 50 mil professores e funcionários auxiliares e aumentar os contratos com as escolas privadas.
Em relação à saúde, o FMI pretende aumentar as taxas moderadoras, passando por exemplo as taxas pagas nas urgências dos atuais 20 euros para 33,62 euros. Propõe ainda a a redução do leque de cuidados médicos a toda a população e a diminuição drástica das horas extraordinárias pagas a médicos e outros funcionários do SNS.
O FMI considera ainda que Portugal tem militares e polícias a mais e que têm regalias excessivas.
Anexo | Tamanho |
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prt_fad.pdf | 1.37 MB |
Comentários
Os Portugueses não propõem,
Os Portugueses não propõem, os Portugueses exigem a imediata saída deste Governo, bem como o fim do Euro em Portugal. Essa é a única saída para a resolução da crise em Portugal. Governo para a rua.
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