Autárquicas

Mariana encerrou campanha na “Amadora que resiste e não desiste”

10 de outubro 2025 - 22:10

Mariana Mortágua participou na festa de encerramento da campanha na Amadora, onde Anabela Rodrigues prometeu resistência a quem quer erradicar o bairro da Cova da Moura.

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Mariana Mortágua na Amadora.
Mariana Mortágua na Amadora. Foto Esquerda.net

Na festa de encerramento da campanha do Bloco na Amadora, no Parque Delfim Guimarães, Anabela Rodrigues quis responder “a quem diz que que erradicar o bairro da Cova da Moura: A Amadora resiste e não desiste!”

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Na Amadora, o Bloco quer devolver a cidade a quem nela vive

por

Tiago Castelhano

10 de outubro 2025

Uma resistência que se estende aos discursos de ódio, como os que dizem “que este parque não é a Amadora, não representa a Amadora. Mas este parque foi, sempre será da Amadora e de todos aqueles que vivem, trabalham, passeiam e queiram vir à Amadora”.

“Não temos medo da extrema-direita, nós vivemos com eles todos os dias, mas eles agora cantam de galo. Mas como é tão constrangedor que uma única deputada faça tremer 60 deputados”, prosseguiu a candidata do Bloco à Câmara da Amadora.

Anabela Rodrigues insistiu nos temas que preencheram a campanha do Bloco na Amadora, a começar pela habitação, que “é para todos, para quem tem dinheiro e para quem não tem dinheiro”, com a certeza de que “não é com despejos que resolvemos a falta de habitação”. Mas também o direito à mobilidade, lembrando que os poucos minutos que o comboio demora a fazer o percurso entre a Amadora e Lisboa se multiplicam para quem está mais afastado da estação e sofre com a falta de transportes, com os autocarros que não chegam, com a sua ausência à noite e aos fins de semana.

Dando o exemplo de Reginaldo, que “foi um estrangeiro nascido em território nacional e hoje é candidato do Bloco”, Anabela Rodrigues sublinhou que “votar no Bloco significa ter na lista imigrantes, que os filhos dos imigrantes fazem parte” da política.

Lista do Bloco na Amadora “tem o retrato deste concelho como mais nenhuma candidatura tem”

Mariana Mortágua também interveio para fazer o balanço de uma campanha em que “se há coisa que o Bloco provou nas últimas semanas é que somos muitas e muitos a representar o partido e as nossas ideias”.

A coordenadora bloquista juntou-se à campanha nos últimos dias, após ter participado na flotilha humanitária para Gaza, capturada ilegalmente em águas internacionais e passado quatro dias detida numa prisão israelita. E diz que isso fê-la ter outra perspetiva da ação política e concluir que “lutar pela humanidade não é menos importante do que lutar aqui pelo nosso povo, porque é a mesma luta: a mesma empatia que nos leva à Palestina é aquela que nos faz olhar para o lado e querer que a pessoa que está ao nosso lado tenha a melhor vida possível, com mais respeito e com mais qualidade”, o que se traduz em “casa, transporte, cultura, espaços verdes, uma creche, escola para os seus filhos”.

“Quando voltei, ao ver todas estas candidaturas do Bloco e das várias coligações, senti que cada pessoa que se candidata pelo Bloco faz política pelas melhores razões, porque ama o nosso país. E a Amadora é o nosso país, o nosso país são pessoas muito diferentes, que vêm de sítios muito diferentes, que usam o espaço público de formas diferentes e que precisam e têm o direito de aceder à escola e ao hospital”.

Por fim, saudou a candidatura encabeçada por Anabela Rodrigues, uma candidatura de convergência, de união e que tem o retrato deste concelho como mais nenhuma candidatura tem”.