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Mais de 450 feridos em manifestação contra governo da Roménia

Mais de 450 pessoas ficaram feridas e outras 30 foram detidas em manifestações contra o governo romeno. Os manifestantes exigiam a queda do governo e a convocação de eleições antecipadas e continuam com os protestos nas ruas.
Mais de 450 feridos em manifestação contra governo da Roménia
Imagem da manifestação em Bucareste no dia 10 de agosto.

Mais de 450 pessoas ficaram feridas e outras 30 foram detidas na sexta-feira durante uma manifestação contra o Governo romeno, em Bucareste. Os manifestantes exigiam a demissão do Governo e a convocação de eleições antecipadas. 

Segundo dados das autoridades romenas, este foi o resultado da manifestação de cerca de 80 mil romenos contra o Governo, num protesto organizado por emigrantes e que originou confrontos com a polícia de choque quando os manifestantes tentavam passar uma barreira policial que os separava de instalações do Governo.

Muitas das pessoas assistidas nos hospitais tinham inalado gás pimenta e gás lacrimogéneo usados pela polícia, enquanto outros sofreram hematomas. Entre os feridos também existem polícias. 

Segundo a agência Lusa, o Presidente da Roménia, Klaus Iohannis, crítico do Governo, disse que “condena firmemente a brutal intervenção da polícia de choque”, que classificou como desproporcionada num protesto que foi maioritariamente pacífico.

Os emigrantes que organizaram a manifestação em Bucareste, capital da Roménia, alguns dos quais atravessaram a Europa de carro para estar presentes, afirmam estar descontentes com a governação do país, apontando a corrupção como um dos maiores problemas desde que o Partido Social Democrata chegou ao poder em 2016. 

Estima-se que cerca de três milhões de romenos vivam fora do país e alguns dizem que saíram devido à corrupção, baixos salários e falta de oportunidades. A Roménia é considerada um dos países com mais corrupção da União Europeia e Bruxelas mantém o sistema judicial romeno debaixo de apertada vigilância.

A atual primeira-ministra da Roménia, Viorica Dancila, a primeira mulher a ocupar o cargo, é a terceiro chefe de Governo num curto período. A primeira-ministra lidera o Governo criticado pela União Europeia após a aprovação de legislação que os críticos consideram dificultar a perseguição judicial à corrupção de alto nível.

Dancila deu o seu apoio a estas propostas, o que motivou manifestações dos opositores nas principais cidades do país.

Os dois anteriores primeiros-ministros foram demitidos por alegadamente não respeitarem a linha política imposta pelo Partido Social Democrata e em particular por não fornecerem o apoio total à reformulação do sistema judicial.

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