As manifestações organizadas pela plataforma Casa Para Viver no próximo fim-de-semana estão marcadas para dez cidades por todo o país. Numa altura em que se regista o maior aumento nos preços das casas desde que há registo, os manifestantes pelo direito à habitação defendem um programa de emergência para resolver a crise social.
No sábado, em Lisboa, o protesto começa às 15h30 no Largo Camões, enquanto em Braga o início será às 10h na Praça da República. Em Setúbal os manifestantes juntam-se às 10h30 no Largo da Misericórdia, em Aveiro às 15h na Praça Melo Freitas e em Coimbra às 10h30 no Largo da Portagem. A sul, há manifestações marcadas para Faro, às 10h no Mercado Municipal, e Portimão, às 15h30 na Avenida 25 de abril. Também a Covilhã se junta à manifestação, às 18h na Rua Wool, e em Elvas o ponto de encontro é na Rua do Alcamim, às 10h. No Porto, a manifestação está marcada para o dia seguinte, 29 de junho, às 14h30 na Praça da Batalha.
Como mote para as manifestações, a plataforma apresenta um Caderno Reivindicativo de Emergência para a Habitação, que aprovou em assembleia aberta em abril de 2025. Entre as medidas estão os tetos às rendas, fim aos despejos, a proibição de novas licenças para todos os tipos de alojamento turístico em zonas de pressão e carência habitacional, o fim imediato dos benefícios fiscais à especulação imobiliária e a subordinação da nova construção à criação de habitação a preços acessíveis.
“No mês de junho, convocamos toda a gente a uma ação para afirmar e lutar pelo direito à habitação, contra o novo Governo de direita”, lê-se na convocatória da manifestação de Lisboa. “Precisamos de casas para morar, não para especular”.
Esta segunda-feira, o Instituto Nacional de Estatística deu conta do maior aumento do preço das casas alguma vez registo. A venda de mais de 41 mil casas no primeiro trimestre do ano traduziu-se num aumento de 25% em relação ao igual período do ano passado. O preço médio das casas atingiu um novo valor recorde, acima dos 232 mil euros.