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Julian Assange sai da cadeia

Juiz britânico rejeita apelo de Estocolmo e confirma a libertação do porta-voz da Wikileaks mediante o pagamento de fiança e uso de pulseira electrónica. "Ele já não vai voltar para aquela prisão vitoriana. Não vai voltar para aquela cela que já foi ocupada por Oscar Wilde", disse o advogado Mark Stephens.
Manifestante à porta do tribunal. Foto EPA/ANDY RAIN

O juiz Duncan Ouseley rejeitou o apelo da Procuradoria de Estocolmo à decisão judicial tomada há dois dias e confirmou a libertação de Assange mediante o pagamento de uma fiança de 200 mil libras, uso de pulseira electrónica e confinamento a uma casa onde deverá permanecer em prisão domiciliária.

As autoridades suecas argumentaram que “havia um risco real de que Assange aproveitasse a fiança para desaparecer”, descrevendo o jornalista e activista como uma espécie de nómada sem ligações com o Reino Unido. Disseram que as personalidades que garantem a fiança poderiam “considerar o seu dinheiro como perdido por uma causa”.

Mas o juiz não concordou e confirmou a decisão de libertar Assange sob fiança.

O julgamento durou 90 minutos e despertou grande mobilização de jornalistas que desta vez não puderam “twitar” da sala do tribunal.

Devido ao preenchimento das condições burocráticas, o porta-voz da Wikileaks poderá sair só no final da tarde ou na sexta-feira.

Julian Assange estava preso desde o dia 7 de Dezembro, depois de se ter entregue voluntariamente às autoridades britânicas que tinham recebido um mandado internacional de captura emitido por Estocolmo que pretendem interrogá-lo por alegados crimes de natureza sexual na Suécia.

Mark Stephens disse que Assange fará uma declaração logo que sair da prisão.

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