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Hong Kong: Centenas de milhares assinalaram seis meses de protesto
No dia 9 de junho,um milhão de pessoas saiu à rua em protesto contra o governo de Hong Kong e a sua tentativa de mudar a lei para permitir extradições para a China. Seis meses depois, a manifestação na véspera da efeméride confirmou que o movimento não perdeu força, apesar da repressão e da violência que tem marcado os últimos meses.
Este domingo, a marcha foi quase sempre pacífica e só foi interrompida ao início da noite pela organização por se sentir pressionada pelo forte dispositivo policial com atitude intimidatória face aos manifestantes.
O slogan mais ouvido foi “Cinco exigências! Nem uma a menos”, numa referência às reivindicações centrais do movimento: investigação independente à repressão policial; abandono da acusação por “motim” aos manifestantes; retirada completa da lei da extradição; amnistia para manifestantes presos; eleição com sufrágio universal.
O movimento ganhou força com a eleição para os conselhos distritais, em que os candidatos críticos de Pequim conquistaram 382 dos 452 assentos, dando-lhes boas perspetivas para as eleições do Conselho Legislativo em setembro e para a chefia do governo em 2022. Até lá, o processo de decisão política continuará dominado pelas forças alinhadas com o governo da China.
Talvez por causa do resultado recentes eleições, esta manifestação foi a primeira desde agosto a ter autorização policial para acontecer, apesar de antes do seu início terem decorrido várias buscas e 11 pessoas terem sido detidas.
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