Está aqui

Governo venezuelano vende títulos da petrolífera estatal com 69% de desconto

O governo de Nicolás Maduro vendeu ao Goldman Sachs títulos da PDVSA no valor nominal de 2.800 milhões de dólares, mas receberá apenas 865 milhões de dólares.
O governo de Nicolás Maduro vendeu ao Goldman Sachs títulos da PDVSA no valor nominal de 2.800 milhões de dólares, mas receberá apenas 865 milhões de dólares
O governo de Nicolás Maduro vendeu ao Goldman Sachs títulos da PDVSA no valor nominal de 2.800 milhões de dólares, mas receberá apenas 865 milhões de dólares

O Goldman Sachs adquiriu títulos da empresa estatal Petróleos da Venezuela (PDVSA) no montante de 2.800 milhões de dólares, mas pagará ao Banco Central da Venezuela apenas 865 milhões de dólares, 31% do seu valor nominal. Os títulos foram emitidos em 2014 e vencerão em 2022. A notícia foi divulgada no passado domingo, 28 de maio, por Wall Street Journal.

Segundo artigo publicado em aporrea.org, Javier Perez-Santalla e o Dinosaur Group foram os intermediários na venda dos títulos da petrolífera venezuelana por 31% do seu valor.

O artigo lembra o envolvimento do Goldman Sachs em “mercenárias aquisições de dívida externa” em países como Grécia, Ucrânia ou Argentina, destaca que os títulos estavam na posse do Banco Central da Venezuela e questiona a razão por que o banco central procurou um intermediário menor para entregar os títulos, negociar o preço e receber o dinheiro. Quanto terão cobrado de comissão Javier Perez-Santalla e o Dinosaur Group, interroga o WSJ.

O negócio deixa clara a grave situação da Venezuela sob o governo de Maduro, que perdeu as eleições legislativas de dezembro de 2015 por dois terços, adia eleições, impede a realização de um referendo revogatório e governa desde janeiro de 2016 com leis de exceção.

Do ponto de vista social, a Venezuela vive atualmente uma grave crise humanitária, com falta de alimentos e medicamentos e degradação acelerada da situação sanitária e social.

Artigos relacionados: 

Termos relacionados Crise na Venezuela, Internacional
Comentários (1)