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Gaza volta a acordar sob bombardeamento israelita

O bombardeamento desta madrugada aconteceu como resposta ao disparo de dois foguetes contra Israel, que coincidiram com a assinatura dos acordos de normalização de relações com os Emirados Árabes Unidos e o Bahrein.
Palestinianos protestam contra a assinatura do Acordo de Abraão.
Palestinianos protestam contra a assinatura do Acordo de Abraão. Fotografia de Mohammed Saber/EPA/Lusa.

O exército de Israel voltou a bombardear esta madrugada vários locais da Faixa de Gaza, noticiou a agência France-Presse (AFP). Segundo os relatos de Israel, os ataques ocorreram na sequência do disparo de dois foguetes contra Israel, que terão causado dois feridos.

As sirenes soaram antes do amanhecer em cidades limítrofes da Faixa de Gaza, um enclave palestiniano de dois milhões de habitantes controlado pelo movimento de resistência islâmica Hamas e sob bloqueio israelita, indicaram as fontes citadas pela agência Lusa.

“Iremos aumentar e expandir a nossa resposta enquanto os ocupantes persistirem na sua agressão”, lê-se num comunicado do Hamas citado pela Wafa, a agência de notícias da Palestina.

O disparo de foguetes, na terça-feira, ocorreu ao mesmo tempo que a assinatura de acordos de normalização de relações entre Israel e dois países árabes na Casa Branca, em Washington. A Palestina opõe-se aos acordos assinados com os Emirados Árabes Unidos e o Bahrein, uma vez que estes países árabes aceitaram reconhecer Israel sem garantir concessões territoriais e em troca de favorecimentos comerciais. É que com o “Acordo de Abrãao” assinado entre os Emirados Árabes Unidos e Israel, teve fim uma lei de 1972 que indicava que Israel só seria reconhecido quando os palestinianos tivessem o seu próprio Estado. 

Na terça-feira, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, presidiu à assinatura dos dois acordos diplomáticos entre Israel e os Emirados Árabes Unidos e o Bahrein.

Em reação, o Presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmud Abbas, afirmou que "não haverá paz" no Médio Oriente sem o "fim da ocupação" dos territórios palestinianos.

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