Conforme avança o Público espanhol, houve um país que, na reunião do Eurogrupo, “sobressaiu pela sua dureza para com a Grécia”. Várias fontes confirmam que os finlandeses se opuseram no sábado a viabilizar um novo acordo, perante a ameaça do partido de extrema-direita que sustenta o seu governo.
Ainda que o ministro das Finanças finlandês, Alexander Stubb, tenha desmentido a informação de que teria bloqueado o acordo, reconheceu que "ainda estão bastante longe" de alcançá-lo, já que o mesmo deve estar associado a condições "muito duras".
"Se isto fosse uma negociação de 1 a 10, eu penso que ainda estamos em 3 ou 4", apontava Stubb, que defende que as condições exigidas aos gregos ainda são insuficientes.
O líder do partido de extrema-direita “Verdadeiros Finlandeses”, que forma parte do governo, estará a exercer uma pressão muito forte no sentido de impor o Grexit. Timo Soini, que é vice-primeiro-ministro e ministro dos Negócios Estrangeiros, ameaça, inclusive, com uma moção de censura, que, muito provavelmente, levaria à queda do executivo, caso a Finlândia apoie o acordo.
Segundo adiantou a televisão pública finlandesa Yle, por exigência da formação eurocéptica, xenófoba e ultranacionalista, o Grande Comité do Parlamento finlandês mandatou o ministro das Finanças Alexander Stubb para negociar a saída da Grécia do euro.
Apesar de a Finlândia por si só não ter força suficiente para bloquear o acordo - já que existe um procedimento de emergência que permite a concessão de assistência financeira do Mecanismo de Estabilização Financeira Europeu (ESM) com o apoio de apenas 85% dos ministros de finanças da zona euro - outros países podem seguir a mesma via – entre os quais os bálticos, Eslováquia e a Alemanha.