Centenas de pessoas concentraram-se na manhã deste domingo, 10 de janeiro, no Largo Camões em Lisboa, para protestar contra a vinda da líder da extrema-direita francesa Marine Le Pen a Portugal, para apoiar André Ventura. Uma faixa com o lema “Combater o fascismo na rua” destacava-se no Largo Camões.
Na ação antifascista intervieram diversas pessoas, nomeadamente Manuel Grilo, vereador bloquista na Câmara de Lisboa, e a deputada Beatriz Gomes Dias.
“A extrema-direita é um perigo para a democracia e para a Liberdade”, afirmou Beatriz Gomes Dias, que sublinhou que “a extrema-direita alimenta-se do ódio e dos preconceitos que existem na sociedade portuguesa. E, instrumentaliza esses preconceitos para ampliar a sua base de apoio”.
“Hoje temos de estar muito atentos ao discurso de ódio, ao discurso que procura dividir a sociedade portuguesa, que se alimenta da estigmatização de comunidades vulneráveis”, frisou a deputada.
Estivemos presentes na manifestação contra a vinda de Marine Le Pen em Portugal. Beatriz Dias defendeu o combate ao discurso de ódio e de divisão social. pic.twitter.com/OXEu2vP3kE
— Bloco de Esquerda (@EsquerdaNet) January 10, 2021
O vereador Manuel Grilo afirmou, na sua intervenção, que os migrantes são “benvindos a Portugal como os portugueses também foram benvindos em França quando para lá foram trabalhar”.

À agência Lusa, Danilo Moreira, da Rede Unitária Antifascista, afirmou a sua indignação com a presença de Le Pen e salientou que não se pode ficar em silêncio. “Achamos inadmissíveis os discursos de ódio perpetuados de André Ventura e pelo próprio partido de Le Pen”, frisou Danilo Moreira, lembrando que “os direitos humanos de todos estão postos em casa”.
“Impedir a normalização dos discursos populistas e fascistas que se aproveitam das desigualdades e do preconceito para enganar milhares de pessoas, virando trabalhadores contra trabalhadores”, foi outro dos motivos do protesto, onde a frase mais ouvida foi “Fascismo nunca mais. Não passarão”, destaca ainda a Lusa.