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Espanha: Vox ficou sozinho no voto da sua moção de censura
O Congresso espanhol rejeitou a moção de censura do partido de ultradireita Vox, que teve os votos contra de todos as forças políticas representadas no parlamento, inclusive o do Partido Popular (PP). Esta moção de censura é a quinta apresentada desde o fim da ditadura franquista, a terceira nos últimos três anos, mas é a moção com menos apoios da história. Foram 52 votos a favor e 298 votos contra.
Pedro Sánchez, presidente do governo espanhol, disse ao líder de Vox, Santiago Abascal, que“ficou claro que não conta que nenhum apoio” e esta derrota é um alívio, já que o partido de ultradireita “não traz nada para Espanha”, segundo o El Diário.
Ficou clara a rutura entre o PP e o Vox, partidos que têm acordos nas Comunidades Autónomas de Andaluzia, Madrid e Múrcia, depois do voto contra do PP na moção de censura e do duro discurso de Pablo Casado contra Santiago Abascal.
Pablo Casado referiu que “vamos votar não à sua candidatura para presidir o Governo de Espanha. Vamos votar não porque dizemos não a rutura que procuram, não a polarização que vocês precisam”.
Posto isto, os acordos entre PP, Vox e Ciudadanos nas três comunidades ficam em risco, sobretudo em Andaluzia, onde está em marcha a discussão do orçamento.
De acordo com El País, esta moção de censura também serviu para aproximar o PSOE do PP, especificamente na questão da reforma do poder judicial. Sánchez informou que “paro o relógio do processo” para tentar uma reunião com Pablo Casado, mas o líder do PP não quer as Unidas Podemos nesta negociação.
Para o Podemos, “esta moção de censura retratou o Vox (...) mas também o PP e Ciudadanos, que fizeram acordos com eles para conseguir poder territorial. Passaram de estar juntos para a foto de Colón [a manifestação em Madrid que juntou os três partidos em fevereiro de 2019 a pedir eleições antecipadas] a ficar quietos no retrato da moção”.
La moción de censura ha retratado a VOX, que no le ha sentado bien tener que mirarse en un espejo tanto tiempo. Pero...
Publicado por Podemos em Quinta-feira, 22 de outubro de 2020
Néstor Rego, deputado do Bloco Nacionalista Galego (BNG) no Congresso, frisou que “somos a estirpe de Castelao, Alexandre Bóveda, Moncho Reboiras, por isso hoje o BNG, em defesa da Galiza e da democracia vai dizer não à moção de censura de Vox, não ao fascismo, e sim às liberdades e aos direitos democráticos de todas e todos”.
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