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Contratação de funcionários para as escolas é urgente
A Escola Secundária José Afonso, na Arrentela, é considerada uma escola de referência. Tem 1300 alunos mas apenas 14 funcionários para 3 pavilhões, laboratórios, biblioteca, livraria e ginásio. Em visita às suas instalações, Catarina Martins descreve a tarefa destes funcionários como “impossível” uma vez que há “dez espaços que precisam de funcionários a tempo inteiro” e quatro dos funcionários estão de baixa.
A coordenadora do Bloco considera que há dois problemas que se somam nesta como noutras escolas. É necessário contratar “no imediato” pessoal “para os lugares onde está gente de baixa médica” porque “as escolas não podem estar paradas”. A questão é que o não está a autorizar a substituição desses funcionários que estão de baixa médica prolongada.
Depois, os rácios entre número de alunos de uma escola e o número de funcionários que esta pode contratar “estão mal feitos”. Catarina Martins considera assim que “os rácios têm de ser revistos”.
Estes dois aspetos fazem com que se viva em muitas escolas portuguesas uma situação “urgente”: “estamos a mais de meio do primeiro período do ano letivo e as escolas portuguesas não estão a funcionar”, esclarece. E o governo, que tinha prometido aumentar o número de funcionários nas escolas, “empurrou com a barriga as contratações e continua sem dar resposta”.
Catarina Martins escutou as várias queixas dos alunos e lembrou ainda “a situação complicada dos alunos com deficiência que precisam de ter alguém ao seu lado todo o dia e que, neste momento, não conseguem estar na escola”. Também ouviu o diretor da instituição, Armando Pina, que traçou um retrato detalhado das dificuldades sentidas. À Lusa afirmou: “hoje fechámos o pavilhão C, depois o pavilhão B que tem o número maior de turmas durante o dia, ora fechamos Educação Física, depois começamos a fechar não só de manhã mas de tarde para não serem sempre os mesmos. É complicado. Tenho 20 anos de gestão e não consigo fazer gestão com 10, 12 ou 14 funcionários”.
Por isso, a coordenadora do Bloco concluiu desta visita que as escolas “não podem ficar à espera do Orçamento de Estado para terem os funcionários que precisam” mas igualmente que a escola e os serviços públicos “têm que ser uma prioridade” do Orçamento de Estado que se começará em breve a discutir.
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