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Conhece a #GenteDeVerdade da campanha da Marisa

Nesta campanha, Marisa Matias tem estado com quem esteve sempre e continuará a estar no dia seguinte às eleições: ao lado dos precários, de quem está na linha da frente no combate à pandemia, de quem luta pelo direito ao emprego e à habitação, dos ativistas ambientais e dos direitos dos animais.
Fotos de Ana Mendes.

As eleições à Presidência da República são já no próximo domingo, dia 24 de janeiro. Durante a sua campanha, com todas as precauções e cumprindo escrupulosamente as regras de segurança que a situação pandémica exige de cada uma e cada um de nós, a Marisa tem marcado presença junto de quem mais sofre com a crise económica e social que enfrentamos.

A candidata presidencial tem estado com aquelas e aqueles cujos direitos não têm sido reconhecidos, e cuja situação agora se agrava. E também com quem, confrontado com os impactos das regras sanitárias impostas, viu o seu rendimento decrescer substancialmente. São pessoas que conhecem a Marisa porque têm contado com o seu apoio, porque a têm tido ao lado nas suas lutas.

Aqui ficam alguns dos rostos da #GenteDeVerdade da campanha da Marisa para as eleições presidenciais deste domingo.

Lucinda Carvalho, 64 anos, trabalhou na fábrica da Triumph, em Sacavém, no concelho de Loures, durante 40 anos. Começou como costureira e quando a empresa entrou em insolvência era controladora de qualidade. Foi uma das operárias fabris que, no início de 2018, garantiu a permanência à porta da fábrica, durante 20 dias, para garantir que os patrões não retiravam as máquinas, materiais e encomendas não pagas. As trabalhadoras tentaram, várias vezes, falar com o Presidente da República. Foram, inclusive, a Belém, a 22 de janeiro de 2018, para pedir a intervenção do Presidente junto do governo. Conseguiram ser recebidas pela assessoria do presidente, mas não viram Marcelo. A corajosa luta das trabalhadoras da Triumph pelos seus direitos laborais e sociais foi um exemplo para o país. E foi com elas que Marisa Matias deu início à sua campanha.

Rosália Ferreira tem 62 anos. É licenciada em História, mas nunca exerceu. Cuida há 40 anos da sua filha Liliana, que tem um défice congénito da glicosilação. Rosália ainda conseguiu trabalhar como assistente administrativa, e descontar para a Segurança Social, durante quinze anos. Com o agravamento do estado de saúde da sua filha viu-se obrigada a ficar em casa. As quatro décadas em que tratou de Liliana não serão contabilizadas na sua reforma. Depois de tantos anos de luta, Rosália tem hoje estatuto de cuidadora, mas a sua situação não mudou. Os apoios tardam em chegar.

Armindo Silveira é ambientalista, membro do Movimento Protejo, e vereador do Bloco na Câmara Municipal de Abrantes. O seu ativismo tem-se pautado pela defesa intransigente do rio Tejo e seus afluentes, não se coibindo de enfrentar o poder das indústrias de celulose e das grandes empresas.

Daniela Freitas tem 31 anos e trabalha desde 2013 na Associação Bairro 2 de Maio, na Freguesia da Ajuda, em Lisboa. É assistente social e responsável pelas valência de apoio a idosos. Todos os dias tem contacto com pessoas idosas da freguesia, conhece cada uma pelo nome e os problemas de cada uma delas. É esse também o seu trabalho diário, dar apoio e suporte a cada uma delas num apoio comunitário de proximidade.

Rosário Conceição ao centro. Foto da página de facebook "O bairro para os moradores".

Rosário Conceição, com 58 anos, nasceu e cresceu na Travessa dos Lagares. Sempre residiu na Mouraria, em Lisboa. Atualmente, vive com o marido e a filha. Empregada de balcão, Rosário vê quase metade dos seus rendimentos, e dos rendimentos do seu marido, desaparecerem após o pagamento da renda. E após 10 anos a viver na mesma casa, sabe que assim que o seu contrato acabar, em 2022, ficará sem teto. Tem lutado ativamente contra os despejos nos Lagares e aguarda a resolução, que já tarda, para o seu caso.

Sandra Duarte Cardoso é veterinária e fundadora e presidente da SOS Animal – Portugal, uma ONGA – Organização não Governamental Ambiental de âmbito nacional. A SOS Animal tem como missão proteger e defender todos os animais e o seu habitat, através da partilha de informação que estimule a compaixão, respeito e compreensão dos seres humanos para com todas as espécies. A ONGA enviou um email a todas as candidaturas presidenciais. Apenas Marisa Matias respondeu e visitou o seu hospital.

Foto cedida por Carla Jorge.

Com 58 anos, Isabel Mansoa trabalha há cerca de 18 anos no Hospital de Caldas da Rainha. Auxiliar de ação médica, apenas no ano passado conseguiu, após uma luta intransigente pelos seus direitos e pelos direitos das suas colegas, ver regularizada a sua situação contratual. Foi integrada no quadro. Quando Marisa Matias visitou o Hospital das Caldas da Rainha, no âmbito da campanha presidencial, Isabel Mansoa preparava-se para iniciar o seu 8º turno consecutivo de trabalho, num total de 64 horas. Atualmente, Isabel tem outra luta pela frente. De auxiliar de ação médica passou a assistente operacional. O trabalho continua a ser muito duro, continua a estar exposta a inúmeros riscos e a receber o salário mínimo nacional. Continua a não ter as devidas condições de trabalho. E continua a exigir o devido reconhecimento.

Manuel Teixeira, 59 anos, é presidente da Associação Profissional dos Trabalhadores das Pedreiras. Foi um dos impulsionadores da petição pela “definição de reformas justas e o reconhecimento da profissão de pedreiro como de ‘desgaste rápido’". Reformou-se em 2019, após 40 anos de trabalho, podendo usufruir do novo regime. Hoje a luta continua. Reivindica um direito que os trabalhadores das pedreiras conquistaram, mas que, muitas vezes, tem ficado no papel. Os atrasos no processamento dos pedidos de reforma ou o facto de muitas das empresas já não existirem tem impedido que esta conquista tenha tradução na vida dos seus colegas.

Joana Leite é formadora precária do IEFP - Serviço de Formação Profissional do Porto (Cerco). Tem-se batido pela regularização dos vínculos laborais nesta instituição pública. Em si e nas outras formadoras recaem todas as responsabilidades. É mediadora, marca reuniões, elabora atas, faz a ponte com as empresas, lida com o público até 10 horas por dia. Mas da parte do IEFP não recebe qualquer reconhecimento.

Catarina Côdea, técnica de som e luz, é uma ativista contra a precariedade. Para este ano tinha agendada uma série de espetáculos e outras marcações, que tem vindo a adiar. O único apoio que recebeu foi de 438 euros, aos quais se subtraem 140 euros de segurança social e 11% de IRS.

Paulo Meirinhos é mirandês do grupo Galandum Galundaina. E é exatamente em mirandês que defende causas comuns, como é o caso do repúdio perante a venda das barragens do Douro Internacional, pela EDP, com aval do Estado, sem pagamento de impostos. Paulo Meirinhos explica como na Terra de Miranda, uma zona com cultura e língua própria, é gerado um terço da energia hidroelétrica produzida pela EDP, mas, apesar disso, e dos imensos lucros relacionados, nenhuma parte da riqueza resultante é investida na região.

A atriz Sara Barros Leitão descobriu a política e a importância do voto, do impacto que as decisões políticas tinham na sua vida, resultado do investimento ou desinvestimento nos serviços que a rodeavam. Percebeu que “a política era o que dizia respeito às atividades humanas”, “a forma como olhamos para o outro” e “sobre cuidar do que nos rodeia”. Quando exercer o seu direito de voto, irá votar no futuro e no “mundo todo ao mesmo tempo, porque não há tempo para mais desigualdades”.

Luís Rebelo, proprietário de um restaurante de Setúbal denuncia a crise no setor. Conta que “há gente que está na miséria quase total porque o ano inteiro quase não se trabalhou”. E diz que houve falta de programação e de organização e que se podia ter planeado o que aí vinha.

Maria José Raposo, presidente da UMAR Açores, ativista pelos direitos das mulheres, particularmente na luta contra a violência de género, que, sendo um problema nacional, tem particular incidência nos Açores.
 
 
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