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Climáximo promete bloquear o Marquês de Pombal para exigir justiça climática

A acção de desobediência civil em massa organizada para dia 5 de outubro tem três reivindicações de emergência: Neutralidade Carbónica 2030, Serviços Básicos Incondicionais e Limite Máximo ao Rendimento.
“Cada vez mais nos aproximamos do momento em que todas as crises, impulsionadas pela crise climática, se tornarão irreversíveis”, alertam.
Cartaz de Climáximo.

Em comunicado, o coletivo pela Justiça Climática - Climáximo - compromete-se a participar numa ação de desobediência civil em massa “contra os vírus da maximização do lucro e de todos os sistemas sociais que alimentam a discriminação entre e dentro dos povos”.

A iniciativa está marcada para 5 de Outubro, dia da implantação da República, e pretende também “reivindicar a res publica, a coisa pública, aquilo que é de todos e que não devia pertencer a ninguém”. O local escolhido, o Marquês de Pombal, foi também o local do início da Revolução que levou à implantação da República em 1910.

Há três reivindicações de emergência, “cuja aceitação por parte do Governo levaria ao cancelamento imediato da acção”, dizem: Neutralidade Carbónica 2030, Serviços Básicos Incondicionais, e um Limite Máximo ao Rendimento.

A ação está alinhada a nível Europeu com a Climate Care Uprising, uma sére de acções focadas na cura das nossas ecologias, sociedades, corpos, serviços públicos e economia, e está também integrada numa onda de ações a nível Europeu convocada pela plataforma By 2020 We Rise Up, que em Portugal começa com a Mobilização Climática Global no dia 25 de Setembro e termina com a manifestação Resgatar o Futuro, Não o Lucro, no dia 17 de Outubro.

“O confinamento imposto pela pandemia veio juntar uma nova Crise Económica à Crise Climática. Enquanto milhares são atirados para o desemprego e escassez, não existe qualquer resolução à vista para a destruição do único planeta que temos”, argumentam.

“Cada vez mais nos aproximamos do momento em que todas as crises, impulsionadas pela crise climática, se tornarão irreversíveis”, alertam.

A cura para esta amálgama de crises, dizem, passa por “cuidarmo-nos mutuamente e valorizarmos o que é essencial nas nossas vidas. Nós sabemos que precisamos de estruturas sociais que permitam e facilitem uma verdadeira relação ecológica entre todos os seres, para substituir as estruturas tóxicas que nos levam a um colapso civilizacional. Saímos para combater o vírus, não só os sintomas”.

Para isto “precisamos de um Serviço Nacional de Saúde forte, para proteger-nos das doenças e das pandemias, um sistema equitativo de Segurança Social para apoiar todas as pessoas em necessidade, uma habitação digna, a garantia de energias renováveis e transportes públicos gratuitos, um plano massivo de emprego público para tirar centenas de milhares de pessoas do desemprego e da precariedade e ao mesmo tempo garantir uma transição justa com empregos socialmente úteis, e muito mais”, concluem.

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