CGTP repudia promessas de Passos Coelho à troika

13 de abril 2013 - 19:15

Milhares de pessoas participaram neste sábado na Marcha Contra o Empobrecimento, promovida pela CGTP. No final da marcha junto à AR, Arménio Carlos afirmou o seu total repúdio pelas propostas que o primeiro-ministro enviou por carta à troika. O secretário-geral da CGTP apelou ainda à participação no 1º de Maio, para que seja "um dos maiores de sempre vistos em Portugal".

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Marcha contra o empobrecimento promovida pela CGTP, 13 de abril de 2013 – Foto de Manuel de Almeida/Lusa

Arménio Carlos disse que a CGTP tudo fará "para defender os direitos constitucionais" e assumiu na manifestação "o direito à resistência contra estas medidas" do Governo de Passos Coelho.

O secretário-geral da CGTP frisou que "os problemas não se resolvem com mais austeridade" e que se deve atacar a "despesa parasitária" como os juros da dívida por conta do resgate a Portugal, as rendas no setor da energia e ainda o BPN, "que já vai em 3,4 mil milhões de euros e poderá atingir os 6,5 mil milhões de euros".

Segundo a Lusa, Arménio Carlos alertou que "nem sempre os resultados da luta se tornam imediatos" e concluiu que se não houvesse contestação nas ruas, o Tribunal Constitucional não teria a mesma sensibilidade para chumbar algumas normas do Orçamento do Estado para 2013.

"Valorizamos a decisão do Tribunal Constitucional apesar de não ter considerado algumas das normas que achamos inconstitucionais", referiu Arménio Carlos, salientando que "não é a Constituição da República que está desfasada da realidade, é o Governo e este primeiro-ministro"

Na Marcha Contra o Empobrecimento, entre as palavras de ordem mais gritadas pelos manifestantes estavam "desemprego em Portugal é vergonha nacional", "trabalho sim, desemprego não", "é só cortar e roubar quem vive a trabalhar", "é preciso, é urgente correr com esta gente".