Arménio Carlos disse que a CGTP tudo fará "para defender os direitos constitucionais" e assumiu na manifestação "o direito à resistência contra estas medidas" do Governo de Passos Coelho.
O secretário-geral da CGTP frisou que "os problemas não se resolvem com mais austeridade" e que se deve atacar a "despesa parasitária" como os juros da dívida por conta do resgate a Portugal, as rendas no setor da energia e ainda o BPN, "que já vai em 3,4 mil milhões de euros e poderá atingir os 6,5 mil milhões de euros".
Segundo a Lusa, Arménio Carlos alertou que "nem sempre os resultados da luta se tornam imediatos" e concluiu que se não houvesse contestação nas ruas, o Tribunal Constitucional não teria a mesma sensibilidade para chumbar algumas normas do Orçamento do Estado para 2013.
"Valorizamos a decisão do Tribunal Constitucional apesar de não ter considerado algumas das normas que achamos inconstitucionais", referiu Arménio Carlos, salientando que "não é a Constituição da República que está desfasada da realidade, é o Governo e este primeiro-ministro"
Na Marcha Contra o Empobrecimento, entre as palavras de ordem mais gritadas pelos manifestantes estavam "desemprego em Portugal é vergonha nacional", "trabalho sim, desemprego não", "é só cortar e roubar quem vive a trabalhar", "é preciso, é urgente correr com esta gente".