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Certificados de aforro: "Governo mostrou que é a banca que manda no país"

Na manifestação do “Mais SNS”, Mariana Mortágua criticou a decisão do Governo que “obedece ao Conselho de administração do banco dos CTT”, suspendendo certificados de aforro, “a única forma” das pessoas terem “alguma pequena poupança que rendesse”. O Bloco quer que bancos sejam obrigados a aumentar juros sobre depósitos.

À margem da manifestação convocada pelo movimento “Mais SNS” este domingo, Mariana Mortágua comentou a decisão do Governo sobre os certificados de aforro, salientando que “o Governo fez uma escolha” e “mostrou com esta decisão “que é a banca que manda no país”.

A coordenadora bloquista destaca que a banca “lucra dez milhões de euros por dia” e “está a cobrar juros às pessoas que não conseguem pagar o crédito à habitação” mas “a solução do Governo foi proteger os lucros da banca e deixar as pessoas a amargurar e com dificuldade para pagar o seu crédito à habitação”.

Para ela, “em vez de obrigar os bancos a pagarem juros”, o Governo “faz pior” e “obedece ao Conselho de administração do banco dos CTT”, suspendendo os certificados de aforro “que eram a única forma” de as pessoas terem “alguma pequena poupança que rendesse”.

Assim, “o Governo deixou que fosse a banca a escolher o destino das pessoas, o destino do país, em vez de por um limite a isso”.

Mariana Mortágua explicou ainda que a opção do Bloco “é a oposta”: “nós queremos que os bancos sejam obrigados a renegociar os juros e que esse custo saia dos seus lucros e não de todos os contribuintes através dos impostos que pagamos”. Portanto, “se querem ter os depósitos”, os bancos “devem ser obrigados a aumentar os juros sobre os depósitos”. Pelo contrário, na solução avançada pelo executivo é “o Estado a ser penalizado”, acabando com um produto a que as pessoas recorriam e que “estava a aumentar a poupança”.

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