Segundo a Lusa, o Ministério Público defendeu esta segunda-feira, no início do debate instrutório do caso Hells Angels, a ida dos 89 arguidos a julgamento argumentando a prática de crimes como associação criminosa, recurso à força física e posse de armas com a intenção de atacar o grupo rival. Para além destes, também foi provado o crime de extorsão, de tentativa de homicídio e tráfico de droga.
Depois de ter ouvido os arguidos e as testemunhas do processo, o procurador Carlos Alexandre, afirma que não existiu qualquer alteração dos factos que integram os autos e defende que “todos os arguidos são responsáveis” pelos crimes. O MP refere ainda que mesmo que só alguns pertencessem ao “núcleo duro” do grupo, muitos dos arguidos acabaram por aderir depois à associação criminosa.
O MP também confirmou o ataque realizado pelos membros do grupo Hells Angels em Prior Velho, no restaurante Mesa de Prior, tal como a perseguição a Mário Machado que pertencia ao grupo rival.
Carlos Alexandre defende que os 89 arguidos do grupo Hells Angels criaram um plano para atacar esse grupo. Melo Alves, advogado da defesa, invocou nulidades no processo e criticou a atitude do procurador. “Vou pela direita, pelo centro, pela esquerda, já não sei como argumentar”, disse.
O debate instrutório terá as próximas sessões durante esta semana, na terça, quinta e sexta-feira.