Vereação do Bloco de Esquerda na Câmara Municipal de Lisboa exigiu uma reunião de câmara extraordinária e enviou um requerimento a exigir explicações sobre as falhas na resposta municipal ao apagão que deixou Portugal e Espanha sem eletricidade durante a passada segunda-feira.
Entre as falhas registadas, o partido destaca as dificuldades circulação de veículos de emergência e transportes públicos, a obstrução das faixas BUS, a incapacidade de gestão de trânsito e de coordenação da Polícia Municipal com semáforos inoperacionais, a falta de comunicação nas escolas e a falta de informação à população.
No requerimento, a que o Esquerda.net teve acesso, o Bloco de Esquerda começa por reconhercer o “trabalho incansável dos trabalhadores e trabalhadoras do Município de Lisboa, da Proteção Civil Municipal e da Polícia Municipal”, mas evidencia as graves deficiências na resposta da Câmara Municipal de Lisboa.
Ao nível do município, a vereação bloquista sublinha o caos na mobilidade, que comprometeu a “resposta em área críticas da cidade”. Já na comunicação entre os municípios e as freguesias, destaca-se que “vários presidentes de Junta de Freguesia afirmaram que não foram contactados pela Câmara Municipal durante a crise, denunciando a falta de articulação e coordenação entre a CML e as estruturas locais, que são essenciais para garantir uma resposta eficaz em situações de emergência”.
“Estas falhas revelam uma grave inadequação da resposta municipal à crise, sob a liderança do Presidente Carlos Moedas. A desadequação da resposta exige uma análise rigorosa, a identificação de responsabilidade”, lê-se.
Dirigindo-se a Carlos Moedas, a vereação do Bloco de Esquerda questiona o Executivo sobre a avaliação feita sobre o impacto do apagão nos serviços muunicipais, sobre que medidas de contingência foram ativadas pela CML e sobre a falta de articulação com as freguesias. É também colocada a questão sobre a elaboração ou revisão de um plano de emergência específico para eventos de crise, que abranja transportes, comunicações, abastecimento de energia crítica, segurança pública e comunicação de risco à população.