Depois de afastar 144 trabalhadores, o BPI anuncia 2021 com 307 milhões de lucro e, tal como o Santander, deixa uma mensagem de satisfação pelo resultado das eleições.
O BPI triplicou os resultados positivos alcançando lucros de 307 milhões de euros em 2021, o mesmo ano em que despediu ou rescindiu contrato com 84 trabalhadores.
Na conferência de imprensa para anunciar os resultados do banco relativos a 2021, João Pedro Oliveira e Costa demonstrou satisfação pelo resultado das eleições
Na atividade em Portugal, o resultado líquido recorrente do BPI mais que duplicou, para 200 milhões de euros, face aos 84 milhões registados em 2020.
Este resultado inclui os custos com reformas antecipadas e rescisões voluntárias, num processo onde o banco gastou 179 milhões apenas em 2021, depois de gastar outros 66 milhões de euros no ano anterior.
Na operação em Angola, o banco obteve 106 milhões de euros em lucros através da participação no BFA, e 23 milhões de euros com a participação no BCI, de Moçambique.
Além do resultado em Portugal, o BPI obteve 106 milhões de lucro em Angola (com a participação no BFA) e 23 milhões no moçambicano BCI.
O líder do BPI acompanhou o seu homónimo do Santander, Pedro Castro e Almeida, nos aplausos aos resultados do Partido Socialista nas eleições deste domingo.
Sem querer “roubar o trabalho a quem hoje tem a profissão de comentador político”, o presidente do BPI defendeu que “este resultado traz claramente uma vantagem, uma clarificação para o futuro”.
Portugal, diz, está perante “uma grande oportunidade, um momento histórico, não só pelos apoios da dita bazuca e do PT2030 – estamos a falar de 61 mil milhões de euros até 2029, só em Portugal”.
E afirmou ter a esperança de que o Orçamento do Estado para 2022 seja o último que inclua a contribuição especial sobre o setor bancário. “É uma penalização que eu não entendo”, criticou João Pedro Oliveira e Costa, pedindo que prevaleça “o bom senso” e que a taxa seja eliminada.
O BPI pagou 18,8 milhões na contribuição sobre o setor bancário, além de mais 3,6 milhões no adicional de solidariedade aplicado ao setor. Estes são “custos regulamentares” que se somam aos 8,5 milhões de euros pagos para o Fundo de Resolução nacional”, que financiou a resolução do BES.