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Bancos quase duplicaram os lucros este ano
Os seis principais bancos portugueses quase duplicaram os lucros relativamente ao ano passado.
Comparando os primeiros nove meses do ano com o mesmo período de 2021, BCP, BPI, Caixa, Montepio, Novo Banco e Santander obtiveram lucros no valor de 1,9 mil milhões de euros, ou seja um aumento de 83,4%.
Estas contas foram feitas pelo JN/Dinheiro Vivo. E estes órgãos de comunicação social avançam explicações como o crescimento da economia que permitiu reduzir imparidades e o aumento da margem financeira, o que se traduz num aumento da diferença dos juros que os bancos pagam para obter financiamento e os que cobra quando emprestam dinheiro. Esta margem aumentou 16,6% para 3,9 mil milhões de euros.
Outra explicação encontra-se no aumento de dinheiro recebido através das comissões bancárias que foi de 9%, superando os dois mil milhões de euros. O jornal diz que isto aconteceu não porque os preços cobrados tenham aumentado mas porque aumentou o número de transações e subscrições de serviços.
Para além disso, subiu o ritmo dos depósitos em 7%, para 246 mil milhões, ao passo que abrandou a subida dos créditos tendo sido 0,8%, para 176 mil milhões de euros.
Há que não esquecer ainda a continuação de cortes. Num ano, estes bancos desfizeram-se de 5,7% e cortaram em 4,7% os quadros de pessoal.
Os bancos recusam a ideia de lucros excessivos, queixam-se da carga fiscal “elevada” e dizem que há uma “rentabilidade ainda baixa, que precisa de ser reforçada”. Vítor Bento, presidente da Associação Portuguesa de Bancos, disse ao Expresso que “para assegurar a remuneração do capital empatado na banca, cerca de 40 mil milhões, é preciso que os lucros gerados sejam, no mínimo, de três mil milhões”.
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