Bloco de Esquerda e Livre oficializaram a coligação “Almada em Comum” para as próximas eleições autárquicas. Esta pretende ser “uma candidatura alternativa, progressista e ecológica” e “um espaço de encontro, aberto e plural, para debater e encontrar soluções para Almada” pelo que integrará também independentes.
De acordo com o comunicado desta coligação, “Almada tem sido governada desde 2017 por um Executivo PS/PSD que fracassou em responder aos desafios sociais, do território e das populações e se rendeu à especulação imobiliária, à degradação dos serviços públicos e à política de gabinete”.
Este “bloco central” “nasceu de um acordo opaco e caiu quando o PSD votou contra o Orçamento Municipal para 2025”.
Ao longo de oito anos, só apresentou “promessas vazias”. Por isso, a nova coligação de esquerda pretende “abrir novos caminhos assentes na solidariedade, na esperança, na defesa dos direitos humanos”, desenvolvendo um projeto “assente no património da esquerda com uma economia local socialmente justa que defenda as pessoas e a classe trabalhadora, o ambiente, a mobilidade e crie soluções para a tragédia da crise da habitação em Almada”.
Para já, apresentam três prioridades para cima da mesa: Habitação; Ecologia e Mobilidade; Economia Local e Desenvolvimento Sustentável. Em relação à primeira, pretende-se “combater a especulação imobiliária, o turismo selvagem, o aumento do preço das casas e das rendas e a gentrificação”.
No que diz respeito à segunda, considera-se que “um município de futuro tem de ter como centro da sua política a ecologia e a mobilidade, respondendo ao flagelo das alterações climáticas através da transição energética, dos transportes públicos e do tratamento devido dos resíduos urbanos”.
E com a terceira o objetivo é promover a economia local, combater a “cidade-dormitório, investindo no desenvolvimento sustentável e na inovação, em serviços públicos de proximidade e na recuperação do histórico cooperativismo”.
Os cabeças de lista desta coligação são já conhecidos. O primeiro nome para a Câmara Municipal é Sérgio Lourosa Alves, do Livre, professor de História e cantor, seguindo-se a socióloga e ex-deputada Sandra Cunha do Bloco que o partido tinha apresentado como cabeça de lista antes da coligação.
Para a Assembleia Municipal, o primeiro da lista será Jefferson Oliveira, professor e ator, do Bloco de Esquerda.
Assumem querer ter “um papel de vanguarda no debate de ideias e na construção de uma candidatura de esquerda reivindicativa e transformadora, contando com a participação de quem ambiciona um concelho onde o direito a uma Almada em Comum, em comunidade, esteja acima do individualismo”.