Ébola

Diretor-geral adjunto da OMS adverte que apesar de o número de contágios estar a diminuir, enquanto houver um único caso, o perigo permanece. Surto no oeste da África já provocou 8.700 mortes.

As empresas norte-americanas Chimerix e BioCryst e a canadiana Tekmira têm fortes subidas desde a deteção dos primeiros casos do surto do ébola. Nenhuma chega à centena de empregados e todas estão cotadas no índice tecnológico Nasdaq. A grande incógnita é quanto valerá o fabricante do ZMapp, que não está cotada em bolsa.

O microbiólogo que descobriu o ébola, fala do surto atual em África como “tempestade perfeita”, salientando que “nesta epidemia houve muitos fatores que eram adversos desde o princípio”. Peter Piot refere que a OMS reagiu tarde, entre outras causas, porque “tem sofrido grandes cortes orçamentais decididos pelos estados membros”.

Há trinta anos que podíamos ter a vacina contra o ébola, mas o assunto não dizia respeito às grandes empresas farmacêuticas. “O mundo falhou miseravelmente”, diz o presidente do Banco Mundial. O mundo, ou o mercado que não cuida de quem pode morrer somente por ser pobre e não merecer atenção?

Como se transmite o ébola entre os seres humanos? O que faz dentro do corpo? Qual a probabilidade de uma pessoa com o vírus morrer? Como se transmite inicialmente aos seres humanos? Quantas epidemias já ocorreram? Existem vacinas? Porque se chama ébola? Por Alberto Sicilia

Sindicatos e colegas da auxiliar de enfermagem que tratou dos missionários vindos da Libéria apontam o dedo ao “desmantelamento” do hospital que tratava doenças tropicais, bem como ao curso-relâmpago que receberam pouco antes da chegada dos doentes.

Poucas pessoas se oporiam a uma sólida resposta dos Estados Unidos à crise de ébola, mas a natureza militarizada do plano da Casa Branca apresenta-se no contexto de uma militarização mais extensa liderada por Washington na região. Por Joeva Rock.

Investigadores dos Centros de Controlo e Prevenção de Doenças dos EUA alertam para a expansão drástica da doença caso não existam intervenções adicionais ou mudanças de comportamento da comunidade. Cientistas da OMS admitem possibilidade de a doença passar a ser endémica. Cientista que identificou o vírus do ébola defende que esta crise “poderia ter sido evitada”.

O ébola é um problema que não vai ser resolvido porque não é lucrativo fazê-lo. Artigo de Leigh Phillips.

A presidente da ONG foi às Nações Unidas apelar ao envio imediato de apoio internacional para a África Ocidental e denunciar que pouco foi feito para travar a pior epidemia de sempre.