"Obviamente que recolher assinaturas em tempos de pandemia exige um esforço muito maior, mas felizmente houve muita gente dedicada a este trabalho", disse a candidata, agradecendo sobretudo “um empenho muito particular da parte dos jovens que se organizaram para recolher assinaturas”.
Formalizada a candidatura, Marisa afirma que esta é “uma candidatura de resposta à crise num momento crítico para o país”. “Uma proposta de futuro e de peceber que a Presidência da República é o lugar onde se definem estas lutas e estas causas”, dos serviços públicos ao Serviço Nacional de Saúde, do combate à precariedade e às alterações climáticas.
"É tudo isso que a minha candidatura representa e que procuraremos ao longo desta campanha reforçar porque sabemos que não é indiferente para o país o peso que poderá ter esta proposta", explica.
São necessárias "candidaturas que representem projetos alternativos para o país. E esta é a candidatura que permite às pessoas sonhar com o futuro, com trabalho e proteção. Este é o combate político que pretendemos fazer".
“O papel de uma Presidente é garantir que se cumpre e protege a Constituição”, o que não foi feito no caso dos Açores .“Não foram estudadas quaisquer alternativas” ao governo suportado pelo apoio da extrema-direita e por isso, diz Marisa, “parece-me um pouco precipitado dizer que é isto ou nada. Há muitas alternativas disponíveis”.
Mas sobretudo, é importante perceber que “temos um partido que viola a Constituição e esse partido deve estar sujeito aos mesmos critérios de exigência de todos os outros. Não permitiríamos a mais nenhum líder partidário comentários racistas ou xenófobos. Porque razão permitimos a um?”, questionou.
“É uma obrigação da Presidente ou do Presidente da República garantir que protege o que está na Constituição”. E dá o exemplo da chanceler alemã Angela Merkel, que “colocou um cordão sanitário que tem impedido a formação de qualquer governo que dependa da extrema-direita na Alemanha. Quando é para sinais de valorização democrática, todos os exemplos são positivos”, explica.
“O Presidente tem a obrigação política de defender a Constituição da República. E dar às pessoas um futuro, uma promessa de poder viver em melhores condições. Enquanto estiver neste combate, será um combate para garantir que temos condições para responder às pessoas e proteger o país, impedindo condições para o crescimento da extrema-direita”, concluiu Marisa.