Greve Geral começa com grandes níveis de adesão

27 de June 2013 - 0:15

O metro de Lisboa encerrou totalmente às 23.30. No centro de resíduos sólidos da Câmara de Lisboa (CML) a paralisação é superior a 90%. O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, afirmou aos trabalhadores da CML que “esta greve geral” pretende “mostrar ao Governo que não tem condições para continuar”. Carlos Silva, secretário-geral da UGT, afirmou que o “momento é de todos se unirem”. João Semedo esteve também na CML e no Metro de Lisboa.

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Greve no centro de resíduos sólidos da Câmara de Lisboa (CML) - Foto de Paulete Matos

Arménio Carlos e Carlos Silva estiveram ambos no centro de resíduos sólidos da Câmara de Lisboa (CML). A visita quase em simultâneo dos dirigentes das duas centrais sindicais foi uma coincidência, que levou Arménio Carlos a congratular-se e a afirmar tratar-se de "um grande momento de convergência das duas centrais sindicais".

Segundo a Lusa, no centro de resíduos sólidos da Câmara de Lisboa de 160 trabalhadores, apenas 14 trabalharam, o que dá um nível de adesão superior a 91%.

Arménio Carlos disse que são objetivos da Greve Geral lutar por "assegurar trabalho para todos, acabar com o milhão e meio de pessoas que não têm trabalho, porque este Governo não está só a encerrar as empresas como também está a retirar a proteção social aos desempregados".

(João Semedo no centro de resíduos sólidos da Câmara de Lisboa)

O secretário-geral da CGTP sublinhou ainda: "Esta greve geral, além de ser um direito dos trabalhadores, pretende ainda mostrar ao Governo que não tem condições para continuar e sobretudo para exigir uma mudança política e a possibilidade de os portugueses exprimirem a sua opinião através do voto e nomeadamente através de eleições". Arménio Carlos denunciou também que muitos trabalhadores nesta quarta-feira, antes de irem para casa, foram intimidados das mais variadas formas para irem trabalhar [no dia da greve], acrescentando que a greve é uma "dupla responsabilidade, de todos sem exceção, homens e mulheres, para lutarem no presente e assegurarem um futuro melhor e mais digno para todos".

O secretário-geral da UGT, Carlos Silva, afirmou no centro de resíduos sólidos da Câmara de Lisboa:

"A greve é um direito constitucional de quem trabalha, mas o momento que vivemos é acima de tudo um momento que exige que reformados e pensionistas, desempregados, precários, estudantes todos os homens e mulheres dop nosso país se juntem a nós num coro de protesto e de rejeição pelas políticas de austeridade que estamos a viver e a sofrer".

O site da CGTP, refere os seguintes dados de adesões à Greve Geral, às 0.30h:
– Bombeiros Sapadores de Chelas 100% de adesão;
– Câmara Municipal de Évora (higiene urbana) 100% de adesão;
– Câmara Municipal do Alandroal (higiene urbano) 100% de adesão;
– Transportes Urbanos de Braga (oficinas de higiene urbana) 100% de adesão;
– Frota de Pesca do Algarve (pesca de cerco) 100% (parada).
– Câmara Municipal de Barcelos 98% de adesão (parada)
– Câmara Municipal de Funchal 97% de adesão (parada)
– Bombeiros Voluntários de Viana do Castelo 100% de adesão (assegura serviços mínimos)

Notícia em atualização