À meia-noite desta terça-feira, os técnicos de emergência pré-hospitalar entraram em greve ao trabalho extraordinário. Os primeiros números do Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar indicam que a adesão está a ser à volta dos 90%.
A paralisação foi marcada por tempo indeterminado e pretende que sejam tomadas várias medidas de forma a tornar a carreira mais atrativa e contrariar a taxa de 30% de abandono da profissão.
À Lusa, Rui Lázaro, dirigente desta organização, explicou que “os três principais pontos reivindicativos são a revisão imediata do índice remuneratório, o início do processo negocial da revisão da carreira e também a definição de novo rumo para o INEM, provado que está que o Conselho Diretivo não tem sido capaz de dar a resposta ao que o INEM e os portugueses precisam”.
Ao ministro da Saúde, que declarou na terça-feira que haveriam rondas negociais sobre as carreiras especiais do setor, o sindicato responde que “aguarda” esse contacto mas que “até lá, a greve mantém-se até que nos sejam dadas efetivas soluções para as nossas reivindicações”. Até porque “não chega só agendar reuniões, é preciso que sejam apresentadas soluções”.
O sindicato não apresentou nenhuma proposta de serviços mínimos por considerar que “não serem devidos” já que a greve é apenas aos “eventos programados” “para lá daquilo que é a sua atividade normal e legalmente exigível”. E assegura que “todo o trabalho em horário normal urgente e emergente continuará a ser garantido em todos os turnos”.
