“Está na altura de fazer frente às elétricas”

02 de March 2016 - 23:56

Numa sessão pública sobre o Orçamento do Estado em Santa Maria da Feira, Catarina Martins defendeu o alargamento da tarifa social da energia e prometeu que o Bloco vai exigir o cumprimento da lei por parte das empresas de eletricidade.

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Foto Nuno Veiga/Lusa

O alargamento da tarifa social de energia a um milhão de famílias, tornando automática a sua aplicação a quem cumpre os requisitos de acesso, é uma das bandeiras do Bloco nas negociações do Orçamento do Estado para 2016.

Respondendo às declarações de responsáveis pelas empresas de eletricidade, que ameaçam reduzir a qualidade do serviço ou aumentar preços por outra via, Catarina Martins lembrou que a tarifa social é financiada por “empresas que têm milhares de milhões de euros de lucro à conta de todas as pessoas que pagam a luz todos os meses”.

Para a porta voz do Bloco, na proposta de aplicação da tarifa social aos consumidores sem barreiras nem burocracias “não há nenhum favor, há cumprimento da lei e é isso que vamos exigir”.

“Está na altura de fazer frente às elétricas”, afirmou Catarina Martins, garantindo que o Bloco estará vigilante na defesa dos consumidores contra o abuso das empresas que até agora têm dificultado o acesso a uma tarifa que a lei prevê, acumulando assim mais uma renda às custas das famílias mais pobres.

Nesta sessão pública foram abordados diversos aspetos da proposta de Orçamento do Estado agora em debate na Assembleia da República. O deputado bloquista Moisés Ferreira referiu-se também à campanha da direita sobre a atualização de pensões, lembrando que o governo de Passos Coelho previa cortar 600 milhões nas pensões já este ano.

“Foi o Bloco que conseguiu que os pensionistas vejam as pensões atualizadas em 2016. Sabemos que é pouco, para quem teve as pensões congeladas tantos anos”, referiu o deputado do Bloco eleito por Aveiro, acrescentando que o aumento do Complemento Solidário para Idosos permite recuperar mais rendimento aos pensionistas mais pobres.