São 94 refugiados sírios que a Dinamarca decidiu deportar para a Síria, alegando que Damasco e a zona em redor da capital daquele país passaram a ser zonas seguras. Assim, os refugiados em questão vão perder as autorizações de residência e colocados em campos de deportação na Dinamarca mas não deverão ser imediatamente enviados para a Síria.
O Ministro da Imigração da Dinamarca, Mattias Tesfaye, insiste ao The Telegraph “nós deixámos bem claro aos refugiados sírios que as autorizações de residência eram temporárias. Podem ser retiradas se a proteção já não for necessária”.
A decisão, avançada pela imprensa britânica, está a gerar críticas, nomeadamente na Comissão Europeia.
"A Dinamarca não deve forçar ninguém a regressar à Síria neste momento. Estamos a seguir este assunto e vamos falar com aqueles que pensam que chegou a altura para o regresso. Os regressos devem ser voluntários, seguros, dignos e sustentáveis e as condições para isso ainda não estão reunidas na Síria", disse o comissário para a gestão de crises, Janez Lenarčič.
Se a capital Damasco foi apaziguada sob o controlo de Bashar el-Assad, o conflito sírio continua a dominar a maior parte do território.
Um relatório publicado pelas Nações Unidas revela, por outro lado, que o regime procede rotineiramente a detenções arbitrárias e ao desaparecimento de opositores de Bashar el-Assad, não havendo por isso liberdade política na capital.