CGTP: “Este é o momento" para alterar lei laboral

13 de January 2018 - 12:39

O secretário-geral da CGTP defendeu que "este é o momento para falar e para se concretizar" as alterações à legislação laboral. Arménio Carlos exortou o PS a encontrar soluções com os partidos à esquerda e a recusar o "lóbi das confederações patronais".

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Foto de Paulete Matos.

No final do plenário nacional de sindicatos da CGTP, que teve lugar em Lisboa, e reuniu quase 700 dirigentes e ativistas sindicais, o secretário-geral da CGTP afirmou que “não nos podemos esquecer de que estamos a meio do mandato do Governo e, ou conseguimos que as coisas sejam resolvidas em 2018, ou corremos o risco de chegar às eleições [legislativas em 2019] e a legislação laboral continuar intocável".

Em declarações aos jornalistas, Arménio Carlos afirmou que o Governo "tem de dar um impulso muito claro sobre aquilo que quer fazer" na legislação laboral e recusar o "lóbi das confederações patronais", que recusam alterações.

De acordo com o secretário-geral da CGTP, a intersindical está disponível para negociar, mas recusa-se a ser "cúmplice de um processo em que se fala muito e se faz pouco".


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Arménio Carlos frisou que as alterações à lei laboral "fazem-se com a participação dos trabalhadores", contudo, "há a necessidade de os deputados do PS terem uma atitude de abertura juntamente com os do PCP, Bloco e PEV" para se encontrarem soluções.

Na sua intervenção no encerramento do plenário, o líder da intersindical exortou à mobilização e unidade de todos os trabalhadores para que o Governo "passe a refletir duas vezes antes de decidir", referindo que nenhuma forma de luta está excluída.

A CGTP já agendou três ações nacionais: uma semana de luta pela igualdade no início de março, uma manifestação nacional da juventude trabalhadora em 28 de março e a jornada de luta do 1.º de Maio.

Na resolução aprovada por unanimidade no plenário, a intersindical exige, entre outras matérias, o aumento geral dos salários em pelo menos 4%, o direito a 25 dias úteis de férias, o combate à precariedade, a negociação coletiva.