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Áustria e Dinamarca querem criar campo de refugiados fora da UE

Governantes da Áustria e Dinamarca afirmam estar a trabalhar num plano que lhes permita criar um campo de refugiados num país fora da União Europeia. Não existem ainda informações sobre onde possa ficar o país considerado "pouco atraente" para traficantes.
Áustria e Dinamarca querem criar campo de refugiados fora da UE
Sebastian Kurz, chanceler austríaco. Foto de minoritenplatz8/Flickr.

São vários os países membro da União Europeia que se encontram a discutir a possibilidade de criar um campo de refugiados - fora da União Europeia - para pessoas que tenham visto o seu pedido de asilo recusado num país europeu. 

Lars Lokke Rasmussen, primeiro ministro conservador da Dinamarca, e Sebastian Kurz, chancelar austríaco de um partido conservador coligado com a extrema direita, comentaram publicamente o assunto, não tendo porém avançado com a sua possível localização. Deste só se sabe que será um local “pouco atraente” para traficantes de seres humanos. 

“Estou optimista. Com base nas minhas discussões com outros líderes europeus – e no diálogo que está a decorrer a nível oficial – tenho a expectativa de que possamos dar os primeiros passos ainda este ano”, avançando um projecto-piloto, afirmou Rasmussen. Em declarações aos media da Dinamarca, informou ainda que a Alemanha, Holanda e Áustria são os outros países envolvidos no projeto.

Segundo noticiado pelo Público, Kurz comentou o assunto na conferência de imprensa em Bruxelas e confirmou a existêndia das negociações, que disse já terem chegado a uma fase avançada. “Sugerimos já há muito tempo que faria sentido oferecer proteção fora da União Europeia aos migrantes, onde mais precisam mas não têm a oportunidade de escolher o melhor sistema, que está na Europa”, afirmou o chanceler da Áustria.

Quando questionado pelos jornalistas a este respeito, Jean-Claude Juncker, presidente da Comissão Europeia, não mostrou estar contra: “acredito que a defesa contra a imigração ilegal é um assunto europeu, para além de nacional. Não me cabe estar contra isto”.

Estas declarações surgem quando se marcam os dois anos da assinatura do acordo entre a União Europeia e a Turquia que estabelece um sistema para a deportação para este país de migrantes e requerentes de asilo cujas candidaturas sejam consideradas irregulares.

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