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Relatório da ONU: consumo cresce nos EUA e estabiliza na Europa

Em 2009 foram registados aumentos no consumo nos Estados Unidos, África, América Central e do Sul e na Ásia. Já a Europa Ocidental, Canadá e Oceania estabilizaram ou reduziram mesmo o consumo. No caso europeu, as apreensões de haxixe atingiram o mínimo em dez anos, enquanto no Norte de África aumentaram. No México e Estados Unidos, a tendência é para o aumento da produção da planta e também das apreensões.
No que respeita à origem da canábis, o relatório não tem dúvidas: "A canábis é produzida em praticamente todos os países do mundo" e só a resina de canábis atravessa longas distâncias até ao consumidor final. No Afeganistão, o lucro da produção de resina já compete com o do ópio das papoilas, embora a principal fonte continue a ser Marrocos.
Estados Unidos e México dividem a meio 70% do total das apreensões de plantas de canábis de todo o mundo em 2009. Ao todo a polícia destes dois países apreendeu nada menos que 4.188 toneladas, mas como as estatísticas atrás citadas confirmam, isso não fez diminuir o consumo.
No caso da resina, é a Espanha que lidera com 35% do total das apreensões (444 toneladas), seguindo-se o Paquistão (204) e Marrocos (187). Portugal aparece em 9º lugar neste ranking, com menos de 23 toneladas apreendidas em 2009.
O crescimento do mercado dos produtos sintéticos vendidos legalmente como canabinóides é assinalado neste relatório, que sublinha a popularidade "obtida em poucos anos junto dos jovens e adolescentes europeus e norte-americanos". No entanto, o relatório da ONU diz que "é necessária mais investigação farmacológica e toxicológica nesta área" para confirmar ou não o receio de que estas substâncias sejam mais nocivas para o consumidor que a canábis.
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