O lado mais sujo da Monsanto

Para impor os seus produtos em todo o mundo, a empresa mobiliza agências de espionagem norte-americanas, vigia cientistas e dispara ataques cibernéticos. Por Marianne Falck, Hans Leyendecker e Silvia Liebrich, no Süddeutsche Zeitung.

23 de março 2014 - 6:48
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Imagem de Eric Drooker

O grupo americano Monsantoi é um gigante no agro negócio – e é o número um na área da controversa tecnologia genética “verde”. Para os seus opositores, a Monsanto é um inimigo assustador. E continuam a acontecer coisas intrigantes que fazem o inimigo parecer ainda mais aterrorizante.

No mês passado, a organização europeia protetora do meio ambiente “Amigos da Terra” e a Federação para o Meio Ambiente e Proteção à Natureza da Alemanha (BUND) quiseram apresentar um estudo sobre os efeitos do herbicida glifosato no corpo humano. Os herbicidas que contêm glifosato são carros-chefes da Monsanto. A empresa fatura mais de dois mil milhões de dólares apenas com o agente Roundup. Os “herbicidas Roundup”, assim sustenta a Monsanto, “têm uma longa história de uso seguro em mais de 100 países”.

Quando os vírus atacaram os seus computadores, os ativistas indagaram-se: será que estamos a ver fantasmas?

Entretanto existem também investigações que alegam que o agente possivelmente cause prejuízos a plantas e animais; e o estudo mais recente demonstra que muitos moradores de grandes cidades vivem com o veneno no próprio corpo, sem terem conhecimento disso. Como tantas outra coisas relacionadas a esse assunto, é discutível do que exatamente o pesticida é capaz de provocar no organismo humano.

Dois dias antes da publicação do estudo em dezoito países, um vírus paralisou o computador do principal organizador, Adrian Bepp. Houve ameaça de cancelamento das entrevistas coletivas em Viena, Bruxelas e Berlin. “Surgiu pânico”, lembra Heike Moldenhauer da BUND. Os ativistas do meio ambiente viram-se a correr contra o tempo.

Moldenhauer e os seus colegas tinham feito diversas especulações sobre os motivos e a identidade do misterioso agressor. A especialista em tecnologia genética do BUND acredita que o principal objetivo do desconhecido fornecedor do vírus tenha sido “gerar confusão”. Não há nada pior para uma investigação do que cancelar uma conferência da imprensa. “E nós questinoá-mo-nos se estávamos a ver fantasmas”, diz Moldenhauer.

Não há nenhum indício de que a Monsanto tenha sido o fantasma, ou que tenha algo a ver com o vírus. O grupo sustenta que não faria algo assim. Preza “agir com responsabilidade”: “hoje em dia é muito fácil fazer uma afirmação e difundi-la”, diz a Monsanto. Dessa forma, prossegue, “periodicamente são feitas afirmações duvidosas e populistas que denigrem o nosso trabalho e os nossos produtos, carecendo de qualquer abordagem científica.”

Os críticos do grupo têm outra visão. Ela tem a ver com a espessa trama tecida ao redor do mundo pela Monsanto, cujos entroncamentos estão localizados nos serviços secretos norte-americanos, nas suas forças armadas, em empresas de segurança privadas e, é claro, também junto do governo dos EUA.

Um número expressivo de críticos da Monsanto relata ataques cibernéticos regulares, praticados com gabarito profissional. Também os serviços secretos e o serviço militar gostam de contratar hackers e programadores. Estes são especialistas em desenvolver cavalos de troia e vírus para penetrar em redes de computadores alheios. O ex-agente da CIA Edward Snowden chamou atenção ao nexo entre as ações dos serviços de notícias e as movimentações da economia. No entanto, esta ligação perdeu força diante das restantes denúncias.

Alguns dos poderosos defensores da Monsanto entendem bastante do assunto da guerra cibernética. “Imagine a internet como uma arma que está sobre a mesa. Ou você a pega, ou o seu concorrente irá fazê-lo, mas alguém será morto”, foi o que disse Jay Byrne em 2001, quando era chefe de relações públicas na Monsanto.

É comum empresas lutarem com métodos suspeitos em função daquilo que consideram como seu direito, como sendo o certo. Porém, os termos “amigo ou inimigo”, “ele ou eu” já denotam linguagem de guerra. E numa guerra é preciso ter aliados – por exemplo, aqueles instalados no serviço secreto.

São conhecidos os contactos da Monsanto com o notório ex-agente secreto Joseph Cofer Black, que colaborou na formulação da “lei da selva”, na “campanha anti-terror” de George W. Bush. Ele é especialista em trabalho sujo, da linha dura. Trabalhou para a CIA durante quase trinta anos, sendo inclusive o chefe “antiterrorista”. Mais tarde seria o vice-presidente da empresa de segurança particular Blackwater, que mandou milhares de mercenários para o Iraque e o Afeganistão.

Há investigações que mostram como são estreitos os laços da direção da empresa com o governo central em Washington e com representações diplomáticas dos EUA no mundo inteiro. A Monsanto tem auxiliares eficazes em diversos lugares. Antigos colaboradores da corporação ocupam altos postos nos EUA, em departamentos governamentais e ministérios, em federações da indústria e universidades. Por vezes, são relações quase simbióticas. De acordo com informações da organização anti-lóbi Open Secrets, no ano passado 16 lobistas da Monsanto ocuparam cargos de alto nível no governo norte americano e em agências reguladoras.

Para a empresa, trata-se de ocupar novos mercados e vender alimentos a uma população mundial que cresce a um ritmo alucinante. A engenharia genética e as patentes relacionadas com plantas desempenham um papel importante nesse contexto. Nos Estados Unidos, o milho e soja geneticamente modificados representam 90% dos cultivos — e esta percentagem cresce de modo constante também no resto do mundo.

Apenas no mercado europeu, nada acontece. Diversos países da União Europeia (UE) têm muitas restrições com relação ao futuro da Monsanto, o que visivelmente desagrada ao governo dos EUA. No ano de 2009, Ilse Aigner, Ministra da Alimentação, Agricultura e Proteção ao Consumidor da Alemanha, filiada no Partido da União Social-Cristã (CSU), tinha banido o tipo de milho MON810 também dos campos alemães. Ao viajar logo depois para os Estados Unidos, foi interpelada pelo colega americano Tom Vilsack, a propósito da Monsanto. O político, do Partido Democrata, tinha sido governador no estado federal do Iowa, de característica rural, e logo tornou-se adepto dos transgénicos. Em 2001, foi eleito pela bioindústria como “governador do ano”.

Infelizmente, não há registo da conversa entre Vilsack e Aigner. Dizem que foi controversa. Um representante do governo federal alemão descreve o tom do diálogo da seguinte forma: houve “esforços maciços para forçar uma mudança de rumo dos alemães com respeito à política genética” . A fonte da informação não quis pronunciar-se sobre o tipo dos “esforços maciços”, nem sobre a tentativa de “forçar” alguma coisa. Isto não se faz entre amigos ou parceiros.

Graças a Snowden e ao Wikileaks, o mundo pode imaginar o que acontece entre amigos e parceiros, quando o poder e o dinheiro estão em jogo. Há dois anos atrás, o Wikileaks publicou despachos diplomáticos, que incluíam detalhes sobre a Monsanto e a engenharia genética.

Em 2007, por exemplo, o então embaixador norte-americano em Paris, Craig Stapleton, sugeriu ao governo dos EUA que elaborasse uma lista suja dos países da União Europeia que estivessem dispostos a proibir o plantio de sementes geneticamente modificadas por empresas norte americanas. O teor da mensagem secreta: “A equipe parisiense sugere propor uma lista de medidas de retaliação que irá causar dores à Europa”. “Dores”, “retaliação” – em bom rigor, essa não é exatamente a linguagem da diplomacia.

A luta pela autorização do famoso milho geneticamente manipulado MON810 na Europa foi conduzida pela Monsanto com muito trabalho de lóbi – e no final, a empresa perdeu por completo. O produto foi banido inclusive dos mercados prestigiados da França e da Alemanha. Uma aliança entre políticos, agricultores e pessoas relacionadas às igrejas recusou a engenharia genética nas plantações, e os consumidores não a querem nos seus pratos. No entanto, a batalha ainda não terminou. Nas negociações iniciadas nos mês passado entre os EUA e a UE, sobre um tratado de “livre” comércio, os Estados Unidos esperam, entre outras coisas, uma abertura dos mercados para a tecnologia genética.

Com o Tratado de Livre Comércio, EUA querem abrir o mercado de transgénicos na Europa

Fazer lóbi por uma empresa nacional no estrangeiro é algo visto como dever cívico, nos EUA. Há muito tempo que as mais significativas entre os dezasseis agências de inteligência norte-americanas entendem o seu trabalho como apoio aos interesses económicos norte-americanos no cenário mundial. Alegando combater o terrorismo, não somente espiam governos, órgãos públicos e cidadãos, mas também empenham-se — do seu modo muito peculiar — a favor de interesses económicos do país.

Alguns exemplos:

– Há várias décadas atrás, quando o Japão ainda não era uma potência económica, surgiu nos Estados Unidos a pesquisa “Japão 2000”, elaborada por um colaborador do Rochester Institute of Technology (RIT) Através de uma “política comercial temerária”, assim dizia o estudo, o Japão estaria a planear uma espécie de conquista do mundo, e os perdedores seriam os EUA. A segurança nacional dos Estados Unidos estaria ameaçada e a CIA deu o grito de guerra.

– Na competição global, a economia norte-americana tinha que ser protegida dos “dirty tricks”, os truques sujos dos europeus, declarou o ex diretor da CIA James Woolsey. Por esta razão, os “amigos do continente europeu” estariam sendo espiados: os Estados Unidos são limpos…

– Edward Snowden esteve certa vez pela CIA na Suíça, e há dias relatou a maneira como a empresa teria tentado envolver um banqueiro suíço na espionagem de dados bancários. A União Europeia permitiu aos serviços norte-americanos examinar em profundidade os negócios financeiros de seus cidadãos. Segundo dizem, o objetivo é secar as fontes financeiras do terror. Os meios e os fins, entretanto, são altamente discutíveis.

Na Suíça, que anteriormente foi palco de muitas histórias de espiões, desenrolou-se um dos episódios que tornaram a Monsanto particularmente misteriosa: em janeiro de 2008, o ex agente da CIA Cofer Black viajou para Zurique para encontrar-se com Kevin Wilson, na época, o responsável pela segurança para questões globais. A pergunta, a respeito do que os dois homens estariam falando, ficou no ar. Certamente os assuntos eram os de sempre: opositores, negócios, inimigos mortais…

O jornalista de investigação Jeremy Scahill, autor da obra sobre a empresa de mercenários Blackwater, escreveu em 2010, no jornal semanal americano The Nation, sobre esse estranho encontro em Zurique. Tinha recebido documentos a respeito do assunto. Deixavam claro que a Monsanto queria defender-se contra ativistas que queriam destruir as suas plantações experimentais; contra críticos que se posicionavam contra a empresa de modificação genética. Cofer Black era, para todos os efeitos, a pessoa certa: “Vamos tirar as luvas de pelica”, declarara após os ataques de 11 de setembro, conclamando os seus agentes da CIA a livrar-se de Osama bin Laden no Afeganistão: “Apanhem-no: quero a cabeça dele dentro de uma caixa”. Mas ele também entende muito do outro negócio do serviço secreto; aquele que opera com fontes de acesso público.

Ao encontrar-se com Wilson, dirigente de segurança na Monsanto, Cofer Black ainda era vice na Blackwater, cujos clientes eram, entre outros, o Pentágono, o Departamento de Estado, a CIA, e logicamente, empresas particulares. Mas em janeiro de 2008 houve muitos tumultos, pois 17 civis foram assassinados no Iraque por mercenários da empresa de segurança, e alguns homens da Blackwater chamaram a atenção de funcionários do governo iraquiano devido a atos de suborno. Acontece que Cofer Black, na época, era também o chefe da empresa de segurança Total Intelligence Solutions (TIS), uma subsidiária da Blackwater, e que, apesar de sua reputação menos devastadora, contava também com “experts” excelentes e versáteis…

De acordo com as próprias informações, a Monsanto fez negócio, na época, com a TIS e não com a Blackwater. Era inquestionável que a Monsanto fora abastecida pela TIS, com relatórios sobre as atividades dos críticos – as quais poderiam representar um risco para a empresa, seus colaboradores ou seus negócios operacionais. Fazia parte tanto recolher informações sobre ataques terroristas na Ásia quanto digitalizar páginas da internet e blogs. A Monsanto frisava que a TIS, obviamente, só tinha usado material de acesso público…

Isso corresponderia aos métodos de Cofer Black. Então – nada de ações Costumava haver boatos frequentes de que a Monsanto quisera assumir o controle da TIS, objetivando a sua segurança geral. E hoje surgem novos rumores, segundo os quais o grupo estaria a avaliar a possibilidade de assumir a empresa Academi, que formou-se após reorganizações da antiga Blackwater. Será que os rumores procedem? “Em geral, não discutimos os detalhes do nosso relacionamento com os prestadores de serviço – a não ser que essas informações já estejam disponíveis ao público”, foi a única resposta da Monsanto.

Toda a empresa possui a sua própria história, e da história da Monsanto faz parte um assunto que queimou sua imagem não apenas junto aos hippies: no passado, a Monsanto esteve na linha de frente dos produtores do pesticida “Agente Laranja”, utilizado até janeiro de 1971 na guerra do Vietname pelos militares norte-americanos. Os constantes bombardeios químicos desfolhavam as florestas para tornar o inimigo visível. Os campos eram envenenados para que o vietcong não tivesse mais nada para comer. Nas áreas pulverizadas multiplicou-se por dez o número de nascimentos de crianças com anomalias; nasciam sem nariz, sem olhos, com hidrocefalia ou fendas no rosto – e as forças armadas dos EUA asseguravam que o produto da Monsanto seria tão inofensivo quanto a Aspirina.

Será que na guerra, tudo é permitido? Principalmente na moderna guerra cibernética?

Chama a atenção o facto de que alguém esteja dificultando, hoje, a vida dos críticos da Monsanto, ou que alguma mão invisível esteja a interromper carreiras. Mas, quem é esse alguém? São alvos de ataque cientistas como a australiana Judy Carman, que, entre outros, tornou-se conhecida com pesquisas de produtos transgénicos. As suas publicações são questionadas por professores, os mesmos que tentam minimizar a importância dos estudos de outros críticos da Monsanto.

Mas o assunto não se resume a escaramuças nos círculos científicos. Pois diversas páginas da internet onde Carman publica as suas pesquisas, tornam-se alvo de ataques cibernéticos e, segundo a impressão da investigadora, são sistematicamente observadas. Exames do IP de seu site demonstram que não apenas a Monsanto acede regularmente essas páginas, mas também diversos órgãos do governo norte-americano ligados às forças armadas. Entre outros, o Navy Network Information Center, a Federal Aviation Administration e o United States Army Intelligence Center, um órgão do exército para o treinamento de soldados em tarefas de espionagem. O interesse da Monsanto nessas pesquisas pode ser observado, também no caso de Carman. “Mas não entendo, por que o governo americano e o exército mandam observar-me“, diz ela.

Coisas estranhas aconteceram também com a GM Watch, uma organização crítica da engenharia genética. A colaboradora Claire Robinson fala de ataques cibernéticos constantes à página desde 2007. “Sempre que aumentamos a segurança do site, os nossos oponentes tornam-se mais tenazes e seguem novos ataques, ainda piores”, explica. Também neste caso não se acredita em coincidência. Em 2012, quando o cientista francês Eric Séralini publicou um estudo bombástico sobre os riscos à saúde representados pelo milho transgénico e o glifosato, o site da GM Watch foi atacado e bloqueado. Isso repetiu-se quando foi publicado o posicionamento do órgão europeu de inspeção alimentar, a EFSA. Em ambos os casos, o momento foi habilmente escolhido: no exato instante em que os editores tentavam publicar os textos. Não foi possível determinar quem estava por trás dos ataques.

A própria Monsanto, como já foi dito, faz questão de frisar que opera “com responsabilidade“.

No entanto, é um facto que a empresa tem muitos interesses em jogo. Trata-se de projetos legislativos, e em especial, das negociações em curso, relacionadas ao Tratado de “livre” comércio entre EUA e UE. Os capítulos sobre Agricultura e Indústria Alimentar são particularmente delicados. Os norte-americanos têm como meta a abertura dos mercados europeus para os produtos até então proibidos. Ao lado das plantas transgénicas, estão incluídos aditivos controversos e a carne bovina tratada com hormonas. As negociações certamente ainda vão arrastar-se por alguns anos.

O assunto é polémico e as negociações serão duras. Por isso, o presidente Barack Obama nomeou Islam Siddiqui como chefe das negociações agrícolas. Como especialista, trabalhou durante muitos anos para o ministério de Agricultura americano. Mas, o que poucos sabem na Europa: de 2001 a 2008 ele representou, como lobista registrado, a CropLife America, uma associação industrial que representa os interesses de produtores de pesticidas e produtos transgénicos. Entre eles, é claro, a Monsanto. “Em rigor, a UE não poderia aceitar tal interlocutor, devido aos seus interesses, opina Manfred Häusling, que representa o Partido Verde no parlamento europeu.

Englentich, a rigor. No médio-alto alemão, esta palavra (eigentlich) significava “servil”, o que não seria uma má descrição do cenário atual — onde os políticos europeus, e em especial os alemães, revelam uma atitude de surpreendente aceitação, diante do facto de serem espiados com regularidade por órgãos norte-americanos.

 


Publicado em Outras Palavras Tradução: Regina Richau Frazão

iA Monsanto é o a maior empresa agrária do mundo, e também a que lidera a engenharia genética. Em 2012, o grupo ampliou a sua faturação em 14%, em comparação ao ano anterior, chegando a 13,5 mil milhões de dólares. O lucro subiu 25%, atingindo dois mil milhões de dólares. No mundo todo, a empresa emprega 21.500 trabalhadores e tem filiais em mais de 50 países. A sua fundação data de 1901, pelo norte-americano John Queeny em St. Louis, no estado de Missouri. O nome foi uma homenagem à família de sua esposa. Primeiro, Queeny produziu o adoçante sacarina. Em pouco tempo, o fabricante de bebidas Coca-Cola passa a fazer parte dos seus clientes. Logo depois da I Guerra Mundial, a Monsanto entrou no ramo dos produtos químicos. A sua ascensão foi rápida. Em 1927, ingressou na bolsa de valores, e ampliou a sua atuação no setor químico, incluindo adubos e fibras sintéticas. Investiu até mesmo na indústria petrolífera. Depois da guerra do Vietname, a Monsanto passou a focar mais intensamente o setor agrário, o desenvolvimento de herbicidas e em seguida a produção de sementes. Nos anos oitenta, a biotecnologia foi declarada o seu alvo estratégico. O próximo passo foi a modificação consequente para uma empresa agrícola – e os outros segmentos foram deixados de lado.

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