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História e algumas ideias da MGM Lisboa
Em Portugal o movimento pela legalização da canábis era quase inexistente. A Marcha Global da Marijuana arrancou com uma concentração em 2006 na cidade de Lisboa, no Largo Camões. Organizada por um punhado de pessoas, esta iniciativa foi muito importante para que muitas outras (onde se destacam activistas pelo direito ao cultivo para consumo próprio), interessadas na luta pela legalização da canábis em Portugal se conhecessem e juntassem. Após uma breve intervenção do porta-voz da MGM Lisboa, Pedro Pombeiro, que criticou a política proibicionista defendendo as vantagens da legalização da canábis, os manifestantes marcharam pelo Bairro Alto gritando palavras de ordem, juntando centenas de pessoas pelo caminho e distribuindo um panfleto que seria a base do manifesto da MGM Lisboa. Estavam lançados os alicerces para um movimento que viria a crescer exponencialmente nos próximos anos.
Em 2007 foi a vez de se juntar a cidade do Porto, a partir da Praça do Marquês. Construiu-se um manifesto, que tem actualmente como subscritores a JSD, a JS, o BE, Miguel Guedes, Miguel Portas, Vitorino Salomé, Jamila Madeira, Mário Tomé, Pacman, Daniel Oliveira, entre outros. Em 2008 foi a vez da cidade de Coimbra aderir com uma concentração no Largo da Portagem e em 2009 Braga, no Arco da Porta Nova. Em 2010 realizaram-se igualmente iniciativas em todas estas cidades.
No âmbito da divulgação da MGM Lisboa, a Com.Maria (comissão organizadora) tem levado a cabo uma série de iniciativas, tais como conferências, festas, distribuições de panfletos, debates, projecção de filmes, bem como tem participado em programas de TV e rádio. Desde 2006 a MGM Lisboa já participou em iniciativas que tiveram lugar em diversas universidades, escolas secundárias e espaços associativos.
Actualmente, a MGM Lisboa começa com uma concentração no Jardim Mãe D'Água e segue em direcção ao Largo Camões com sons de reggae, faixas e pancartas com frases pela legalização em que se tem destacado “Abaixo a hipocrisia, legalizem a Maria”.
Em Portugal a legislação relativa à canábis é claramente proibicionista, a prova disso é um sistema prisional onde a maioria dos presos foi condenado em processos relacionados com drogas. E o consumo de canábis, apesar de descriminalizado, continua a ser perseguido e penalizado. Nesta guerra contra as drogas que é uma guerra contra pessoas, as principais vitimas são sobretudo os mais pobres e os mais jovens, grupos que pela sua condição social estão no centro da repressão policial.
Constatamos que a proibição não é do interesse público: põe em risco a saúde dos cidadãos, fomentando o mercado negro e a adulteração dos produtos e retira ao Estado milhões de euros em impostos. A experiência mostra-nos que o uso de canábis não é uma grave ameaça nem para os consumidores, nem para a sociedade. Por isso o Estado não pode continuar a limitar a liberdade individual e a perseguir os consumidores.
Desde a medicina à alimentação, passando pela produção de fibras, pasta de papel, energias alternativas e, claro, o uso relaxante e recreativo. Existem tantas utilizações com grandes vantagens sociais e económicas que é incompreensível, e até absurdo, que se mantenha a proibição de uma planta com tamanho potencial. A legalização é um passo muito importante que beneficiará as pessoas, a sociedade e o ambiente.
Comentários
Fiz parte da organização da
Fiz parte da organização da 2ª (a 1ª com relevo) e nessa época bastante activo na net, mais do que pela legalização do consumo, pela legalização do cultivo em pequena escala, para consumo próprio.
Esperava, para hoje em dia, estarmos pelo menos já com os "clubes" ou "associações" e até "cooperativas", onde se cultivasse uma quantidade pré-estabelecida suf. para si e o excedente "da casa" encaminhado para o uso medicinal a, antes de quaisquer outros, doentes terminais e doentes cronicos onde o efeito da cannabis é comprovadíssimamente efectivo.
Mas num Mundo onde a maioria da classe médica torce o nariz á administração de morfina a doentes deste tipo, especialmente no que diz respeito á Dôr e desconforto extremos, só se percebe o absurdo se pensarmos que por trás disto tudo está, entre outros mas especialmente, o lobby farmacêutico.
Não, não é do int. público a proíbição. Nunca pode ser quando "ela" gasta milhões do erário púb. quando podia não gastá-los e ganhar em impostos.
Passaria pela cabeça de alguém uma "guerra á prostituíção"?
Pois bem, aqui o absurdo é exponencialmente maior, já que do "sexo" não escapa ninguém, enquanto os consumidores de cannabis são 4% da pop. Mundial. Tantos milhões gastos, tanta vida estragada sem razão, por 4%? Alguém tem medo de alguma coisa...
Tenho visto muitos "prós e contras" sem ninguém que saiba expor os argumentos que falam por si. A Luta necessita de acções mais agressivas nos Media, necessita de desobediencia civil, pois as leis erradas devem ser desobedecidas, sob pena de concordancia com elas.
As minhas felicitações á passada marcha deste ano. Para o ano será ainda melhor. Espero contudo mais intervenção nos media até lá, a martelo se fôr preciso :)
Marcos
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