Centenas de pessoas estiveram esta quarta-feira na Cooperativa Árvore, no Porto, para prestarem uma última homenagem ao médico e dirigente bloquista João Semedo. O caixão saiu em direção ao cemitério do Prado do Repouso sob aplausos dos presentes.
Em representação do primeiro-ministro, a ministra da Presidência afirmou à Lusa que o principal legado de João Semedo “é ter sido um homem da causa pública durante toda a sua vida”, quer enquanto “médico, defensor do serviço de saúde”, mas também como “homem, combatente antifascista e democrata”. Maria Manuel Leitão Marques acrescentou que guarda de Semedo “a imagem de uma pessoa dedicada à causa pública”, algo que acredita que “deve tocar todos os portugueses”.
Também o presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, veio prestar “homenagem e admiração pelo exemplo de alguém que é vertical até ao fim da vida, mesmo sabendo que estava em situação incontornável”, com o avançar do cancro contra o qual se bateu nos últimos anos.

“Estou aqui também pelo homem de grande inteligência e de grande humanidade. Pela forma como se bateu até ao fim, defendendo as suas convicções. Até ao último minuto, bateu-se pelas suas convicções, por isso deixa grande saudade. Não é um homem vulgar”, afirmou Ferro Rodrigues.
Esta quinta-feira às 21h, realiza-se no Rivoli uma sessão evocativa promovida por familiares e amigos de João Semedo, com intervenções, testemunhos e momentos culturais.