Resposta aos artigos de João Miguel Tavares e Francisco Mendes da Silva sobre a presença da coordenadora do Bloco de Esquerda na Flotilha Humanitária rumo a Gaza.
Henrique, a política precisa de debate sério, não de intrigas de série B. Se quiser discutir ideias, cá estarei. Mas se for para falar de ‘ligações perigosas’, traga provas – ou, pelo menos, um bom argumento.
Canais seguros de entrada, regularização, reagrupamento de famílias é o único caminho da decência. Sei que não é popular, neste tempo em que líderes políticos fantasiam com imigrantes que se alimentam de animais domésticos. Mas é aqui que reside a defesa da decência, do direito internacional, da democracia e da economia.
Hoje, ter orgulho da lei do aborto, como do processo político que a permitiu, é dizer que chegou o tempo de a rever. Como sempre, para não recuar é preciso avançar.
Quem aprovará o próximo orçamento? A troco de quê? Da direita a parte da esquerda, todos querem estar na fotografia: ensaia-se um suspense “praticamente impossível” sobre o voto para mostrar “disponibilidade negocial”.
Em vez de resolver os problemas administrativos que impediam a regularização de imigrantes, Luís Montenegro preferiu quebrar a regra de humanidade elementar que sustinha a lei portuguesa: quem cá vive e trabalha deve ser incluído na comunidade.
Os imigrantes fazem de Portugal um país melhor. E Portugal será um país melhor se houver menos burocracia e mais regularização. Menos entraves e mais integração. Menos conversa sobre “portugueses de bem” e mais trabalho a ensinar bem o português.