Alexandra Manes

Alexandra Manes

Deputada do Bloco de Esquerda na Assembleia Regional dos Açores. Licenciada em Educação. Ativista pelos Direitos dos Animais. Coordenadora do Bloco da Ilha Terceira

É nesta inércia de vergonha, amoral e de desorientação que vegeta o partido político cujo líder tem por maior bandeira a ética, mas que está há meses entretido com questões internas.

O título deste artigo diz muito acerca daquilo que redijo: luta, resiliência, não baixar os braços… não desistir!

Num tempo de exigência ética como o que vivemos, o pior que se pode fazer é encolher os ombros e esperar que as pessoas esqueçam nomes como Silvano ou Cerqueira.

É tempo de acordarmos e de não temer chamar o fascismo pelo seu verdadeiro nome. O fantasma que percorre o mundo vai-se aninhando na Hungria, na Polónia, na Itália, nos E.U.A., nas Filipinas, e hoje no Brasil.

Sentir, mais uma vez, que estamos do lado certo da história dá força para que outras lutas se enfrentem e se travem com tanta garra como a dos moradores e moradoras do Bairro de Santa Rita.

Enquanto cuidarmos de punir, esquecendo os deveres de prevenir, estaremos ocupados a construir cadeias em vez de outros equipamentos sociais bem mais importantes.

Dando uma vista de olhos pelo tão esquecido Plano de Revitalização Económica da Ilha Terceira salta-me à vista a total desresponsabilização do governo norte-americano na questão das casas que serviram de habitação aos militares norte-americanos e suas famílias.

As notícias recentes do assédio generalizado, na indústria cinematográfica, levantaram “poeira” e deram espaço para que o machismo subisse o tom de voz.

Terá, o senhor Secretário Regional do Mar, Ciência e Tecnologia, noção do desconforto de cerca de 200 trabalhadores saberem que a empresa que os vai despedir receberá milhões em apoios públicos?

Eu sou prejudicada com esta greve, assumo! Mas entre as minhas encomendas e 800 pessoas que podem perder os seus trabalhos, as encomendas perdem toda a importância.