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Trump despede diretor da agência que garante a segurança das eleições

Horas depois de Chris Krebs ter garantido que as eleições de 3 de novembro foram "totalmente seguras", Donald Trump anunciou pelo Twitter a demissão do diretor da agência de cibersegurança.
Diretor da agência que garante a segurança das eleições é despedido por Trump
Fotografia de Michael Reynolds/EPA/Lusa.

Chris Krebs, diretor da agência de cibersegurança Cybersecurity and Infrastructure Security Agency (CISA), integrada no Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos da América (EUA), afirmou na noite de 17 de novembro que as últimas eleições presidenciais no país foram totalmente seguras. Horas depois, Donald Trump anunciava nas redes sociais a sua demissão. 

As declarações de Krebs vêm desmentir a tese de Trump e dos seus aliados, que desde 3 de novembro mantêm a teoria de que houve fraude eleitoral - mesmo sem até agora terem apresentado provas concretas.

Trump considera que a declaração do agora ex diretor da CISA foi “altamente imprecisa” e mantém que existiram “grandes impropriedades e fraudes” nas eleições de dia 3. 

Como tal, e com “efeitos imediatos”, o ainda presidente dos EUA “terminou” as funções de Chris Krebs à frente da agência de cibersegurança. 

Em causa está um comunicado da CISA em que se reafirma a segurança informática do processo eleitoral. 

"Não se encontrou qualquer prova que qualquer sistema de escrutínio apagou ou perdeu votos, modificou votos ou foi de alguma forma comprometido", escreve o comité especializado da CISA responsável pela cibersegurança do ato eleitoral no referido documento, citado pelo Washington Post.

"Temos conhecimento que existem muitas alegações infundadas e oportunidades de desinformação acerca do processo eleitoral, mas podemos garantir com a máxima confiança a segurança e integridade das nossas eleições”, concluem.

Nos tweets em que anuncia o despedimento de Krebs, Trump volta a falar em “pessoas mortas que votaram, observadores eleitorais impedidos de entrar nos locais de voto, ‘falhas’ nas máquinas de votação que mudaram os votos em Trump para votos em Biden”. Porém, não apresentou nenhum exemplo concreto para nenhuma destas afirmações.

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