SCUT: Comissões de utentes querem suspensão da introdução de portagens

26 de junho 2010 - 16:21

O movimento de utentes contra as portagens nas Scut exige que o processo relativo a esta matéria seja “suspenso” e reclamam por um novo diálogo com comissões, autarquias e entidades envolvidas.

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O Governo deu uma conferência de imprensa esta semana, na qual ameaçou manter a cobrança, a 1 de Julho, nas SCUT do Grande Porto, Norte Litoral e Costa da Prata.

Esta foi uma das conclusões de mais um encontro entre os representantes deste movimento que, na manhã deste sábado, voltou a reunir na Póvoa de Varzim e a reiterar que “vai manter a luta” contra a intenção do Governo portajar estas vias que, inicialmente, não previam custos para os seus utilizadores.

José Rui Ferreira, porta-voz deste grupo, congratulou-se com o facto de os partidos da oposição terem aprovado a “revogação da obrigatoriedade de instalação de dispositivos electrónicos de matrícula (chips) nos veículos, inviabilizando a introdução de portagens”.

“Esta foi uma vitória deste movimento”, disse José Rui Ferreira ao mesmo tempo que sublinhava que esta decisão da Assembleia da República “deve ser respeitada”. Nesta altura, “não há condições para impor a instalação de portagens nas Scut”, disse ainda o porta-voz.

Os representantes das comissões pedem ainda a “todos os partidos” que se manifestem contra a introdução de portagens nas Scut a 9 de Julho, dia em que esta questão vai ser debatida no Parlamento.

Caso a cobrança pela utilização das Scut na região do Norte Litoral, Grande Porto e Costa da Prata venha mesmo a entrar em vigor já a partir do próximo dia 1 de Julho, José Rui Ferreira vê esta postura como um “desrespeito pela Assembleia da República e uma verdadeira provocação contra as pessoas que utilizam aquelas vias”.

“Se não houver bom senso por parte do Governo e se este não tiver em conta as exigências” das comissões de utentes, Câmaras Municipais e demais organismos, “vamos prosseguir com outras formas de luta”, avisou José Rui Ferreira que considera que todo este processo que envolve as Scut é uma “grande trapalhada”.

Para já, o movimento não tem idealizados mais protestos, mas, e caso as pessoas optem por passar nas Scut sem pagar, José Rui Ferreira considera que “esse é um direito que assiste aos utentes daquelas vias”.

A terminar, um também utente diário de uma das Scut do norte quis “saudar” o empenho de outras entidades e organismos nesta luta, nomeadamente os autarcas de seis municípios servidos pela A 28 (Viana do Castelo, Vila Nova de Cerveira, Caminha, Esposende, Póvoa de Varzim e Vila do Conde) que agendaram uma manifestação contra a introdução de portagens nesta via, prevista para o dia 3 de Julho.