Segundo a imprensa suíça, o inquérito anunciado esta quarta-feira, da FINMA pretende apurar se o Banque Privée Espírito Santo (BPES), um ramo do GES para gerir fortunas dos clientes, ao vender títulos e produtos financeiros do grupo, terá violado as normas de vigilância. Mas também verificar a influência dos proprietários do banco presidido por José Manuel Espírito Santo sobre os eventuais crimes financeiros ocorridos na Suíça. O banco lançou esta semana uma oferta aos seus clientes para reaver por 2% do seu valor a dívida que compraram me títulos da Espírito Santo International.
O BPES encontra-se atualmente em liquidação voluntária e deverá fechar atividade em 2015, após o GES ter vendido a maioria do capital à Compagnie Bancaire Helvetique, para onde transitarão pelo menos trinta funcionários. Os restantes oitenta continuarão ao serviço do BPES mas deverão ser dispensados no decurso do processo de liquidação.
Eurofin promove despedimento coletivo
Outra sociedade financeira suíça com ligações às operações venda de dívida do GES, a Eurofin, anunciou um processo de despedimento coletivo a um terço dos seus funcionários. Os 40 trabalhadores serão as primeiras vítimas do escândalo que tem afetado a empresa, depois de ter sido conhecida a sua intervenção na montagem de produtos financeiros com que o Grupo Espírito Santo aliciava os potenciais compradores da sua dívida, ou seja, os clientes do BES.
"A pressão mediática tem sido difícil de gerir para uma sociedade de serviços do tamanho da Eurofin", afirmou o seu diretor-geral, Alexandre Cadosh ao Le Temps, acrescentando que não tem conhecimento de nenhum processo judicial contra a Eurofin quer na Suíça quer em Portugal.