Com as medidas anunciadas por Passos Coelho, os professores “estão a viver um filme de terror autêntico”, disse o secretário-geral da Fenprof à agência Lusa, no fim da reunião que juntou nove organizações sindicais: ASPL, FENPROF, FNE, SEPLEU, SINAPE, SINDEP, SIPE, SIPPEB e SPLIU. A FNE condicionou o seu apoio à greve à decisão que a sua direção tomar na próxima reunião.
Para além da greve geral de dia 17 e da manifestação nacional de dia 15, ficou também decidido o pré-aviso de greve aos serviços de avaliação entre 11 e 14 de junho, que afetará as reuniões de avaliação dos alunos que realizam exames nacionais e acabam as aulas mais cedo. Os professores querem garantias que "não haverá professores na mobilidade especial, dispensa de professores contratados, mexidas no horário de trabalho”, acrescentou Mário Nogueira, lembrando que ainda "há um mês, com toda a abertura que todas as organizações têm para o diálogo, para o Ministério da Educação e o Governo se dirigirem aos professores" e assumirem essas garantias "por escrito".
“Se o Governo e o Ministério quiserem, os problemas podem ser ultrapassados e este calendário de luta também. Se não quiserem, há uma coisa neste momento que temos a certeza: os professores não têm nada a perder”, declarou o sindicalista, destacando ainda o "forte sinal de unidade” dado pelo encontro das nove estruturas representativas de professores nesta quinta-feira.