Está aqui

“Opções de investimento devem ter em conta as questões ambientais”

Na visita a uma associação de baldios em Miranda de Corvo, Catarina Martins defendeu que é preciso apostar no desenvolvimento rural, numa floresta mais resiliente e salientou que os financiamentos nesta área devem ter em conta os postos de trabalho que são criados.
Catarina Martins em Miranda do Corvo - foto de Andreia Quartau
Catarina Martins em Miranda do Corvo - foto de Andreia Quartau

Catarina Martins, acompanhada pelo deputado José Manuel Pureza, pelo candidato à Câmara de Miranda do Corvo, António Rodrigues, e pela candidata à Assembleia Municipal, Júlia Correia, visitou a Associação Baldios de Vila Nova.

“Viemos mostrar um bom exemplo do que pode ser feito pelos cidadãos e também lembrar que, quando se fala de investir no país, é preciso investir nos bons exemplos, que têm tanta dificuldade para fazer o seu trabalho”, afirmou Catarina Martins.

E, explicou que esta associação de baldios trata de 2.000 hectares de terreno, “trata de coisas fundamentais à proteção da floresta, das vias de comunicação, das aldeias” e garante oito postos de trabalho, no trabalho na floresta e no apoio à comuidade.

Referindo que o dia foi dedicado ao Ambiente, a coordenadora do Bloco de Esquerda destacouque “as opções de investimento que fizermos no país ou têm em conta as questões ambientais ou servirão de pouco o nosso futuro”, acrescentando que para além das questões da despoluição dos rios, abordadas em Abrantes, “há também as questões da floresta e do território”.

Recordando que Portugal é um país “em que o interior tem ficado desertificado”e com um “enorme abandono da floresta”, Catarina Martins salientou que esta situação, conjugada com as alterações climáticas, “tem feito com que tenhamos cenários terríveis, de fogos e de uma grande insegurança no território”.

“Ora, não tem de ser assim”, afirmou, denunciando que o financiamento da PAC (Política Agrícola Comum) “está a ser desviado do desenvolvimento rural para pagar rendas a latifundiários”. “Serve aliás para coisas como pagar contentores em Odemira ou até para pagar terrenos completamente improdutivos e parados”, criticou, apontando que as zonas onde houve os maiores incêndios e onde a floresta é mais importante, “são precisamente as zonas que têm recebido menos apoio da PAC”.

Mudar a forma como se faz o investimento no território

“Aquilo que nós dizemos é que é preciso mudar a forma como se faz o investimento no território”, defendeu a coordenadora bloquista, apontando que “é preciso apostar no desenvolvimento rural”, “numa floresta mais resiliente”, “numa agricultura que faça esse desenvolvimento e ter em atenção que os financiamentos a esta área devem ter em conta os postos de trabalho que são criados”.

“Só assim é que se combate a desertificação e só assim é que podemos ter um território mais equilibrado e mais seguro”, frisou Catarina Martins.

A coordenadora do Bloco defendeu a necessidade de um “compromisso de que os investimentos que vão ser feitos agora são diferentes dos que foram feitos atá agora, para resolvermos os problemas estruturais que o país tem” e apontou: “aí as questões ambientais, do equilíbrio do território, do povoamento do território são fundamentais”,

Termos relacionados Autárquicas 2021, Política
(...)