Numa declaração aprovada no Encontro Nacional de Direções Associativas, que decorreu no fim de semana em Lisboa, os dirigentes estudantis portugueses sublinham que “a dimensão e a natureza da ofensiva em Gaza ultrapassam há muito qualquer justificação possível, traduzindo-se em sistemáticas violações do direito internacional e humanitário”, assinalando que dezenas de milhares de crianças “morreram ou ficaram gravemente feridas na Faixa de Gaza, e a esmagadora maioria dos estabelecimentos de ensino foi destruída”.
“Não se responde ao horror com mais horror. O que se vive é a negação absoluta de dignidade humana e do direito à vida. É vil, é terrível, é desumano — e não temos, sob pretexto algum, o direito de permanecer em silêncio”, declaram os dirigentes de associações e federações académicas.
Nesta declaração dirigida ao Governo e a instituições ligadas ao ensino superior e politécnico, citada pela agência Lusa, o movimento associativo estudantil defende que Portugal e os 27 estados da União Europeia “apliquem sanções diplomáticas, económicas e políticas a Israel enquanto persistirem violações do direito internacional e do direito internacional humanitário”.
As associações estudantis defendem também a criação de programas específicos de acolhimento e integração de estudantes, investigadores e professores palestinianos e que seja garantido “apoio humanitário para a implementação de programas de apoio ao bem-estar, assegurando alimentação e cuidados transversais de saúde, de programas educativos e de apoio psicológico destinados a crianças e jovens afetados por conflitos”.