Foram vários os milhares de pessoas que na tarde deste sábado percorreram o caminho entre a Praça do Município e a Assembleia da República sob o lema “Fim ao Genocídio. Palestina Livre, já!”, enchendo o percurso com palavras de ordem como “ free, free Palestine” e mostrando cartazes de apelo ao cessar-fogo e à independência da Palestina.
A iniciativa, organizada pela Plataforma Unitária de Solidariedade com Palestina, tinha como propósito “exigir à classe política portuguesa um fim à legitimação da violência, bem como um cessar fogo imediato e liberdade para a Palestina”.
Milhares de pessoas encheram as ruas de Lisboa para exigir um cessar fogo imediato, que pare o genocídio, a condenação dos crimes de Israel e abra caminho a uma Palestina livre. #ceasefirenow pic.twitter.com/rDdhErCGiE
— Bloco de Esquerda (@BlocoDeEsquerda) November 18, 2023
Presente na marcha, Mariana Mortágua reiterou concordância com estes princípios, sublinhando a necessidade de “apoio e solidariedade às vítimas de Israel neste massacre de Gaza” e a um cessar-fogo imediato”. Lembrou que estão “hospitais a serem bombardeados” e que “Gaza neste momento é o maior cemitério de crianças do mundo”, havendo “11, 12 mil mortos neste momento”, dos quais “68% são crianças, mulheres”, para além de jovens, jornalistas e representantes da ONU.
A coordenadora bloquista diz que estamos perante uma “política de genocídio e de destruição” por parte de Israel que vai “contra o direito internacional” e “as posições da própria ONU”. Para ela, “é tempo de dizer que é preciso parar o massacre e o papel do Governo, o papel das instituições que representam Portugal, é de fazer pressão” para que isso aconteça. E exemplificou com os meios usados pela comunidade internacional usou para travar o Apartheid na África do Sul e a ocupação de Timor, para além do boicote às importações dos colonatos e do reconhecimento da Palestina como Estado independente, “coisa que o governo português ainda não fez”.
A coordenadora bloquista sublinhou que não só há neste sábado “milhares de pessoas em Lisboa” que se têm manifestado todas as semanas, como “centenas de milhares” em todo o mundo. Estando assim a manifestar-se “contra os seus governos que não assumem posições claras para defender os direitos humanos” e a mobilizar-se “na defesa do direito internacional”.
Os manifestantes de todo o mundo, acredita, saem à rua para dizer “nós não fechamos os olhos” enquanto há “milhares de crianças a serem bombardeadas sem qualquer razão pelo Estado de Israel”.