Foi em clima de festa que este sábado à tarde milhares de pessoas desfilaram entre o Marquês de Pombal e o Terreiro do Paço na Marcha do Orgulho LGBTI+ de Lisboa, que este ano comemora 25 anos. A organização assinalou ainda os 50 anos do Manifesto “Liberdade para as Minorias Sexuais”, aprovado em 13 de maio de 1974 e cujas reivundicações, apontou Hélder Bertolo à agência Lusa, já “poderiam estar resolvidas, mas ainda não estão”, a começar pela do fim da discriminação.
Tal como em anos anteriores, a Marcha termina com intervenções no palco da Festa da Diversidade porque “as minorias juntas têm muita mais força”, acrescentou o ativista antes do início da marcha que como sempre juntou muita juventude, mas também famílias e até um "bloco vintage" onde desfilaram os mais veteranos e veteranas deste combate.
Marcha do Orgulho de Lisboa #MOL #MOL2024 pic.twitter.com/9RtdYqTKsP
— Ricardo F. Diogo (@ricardofdiogo) July 6, 2024
Como também é hábito desde a sua fundação, também há 25 anos, o Bloco de Esquerda integrou o desfile deste sábado. Em declarações aos jornalistas no arranque do cortejo, Mariana Mortágua afirmou que "estas são marchas pelo orgulho LGBT mas são também mais que isso: são também marchas anti-racistas e pela igualdade".
"No momento em que tanta gente está preocupada e talvez até assustada com as sombras da extrema-direita que vão crescendo um pouco por todo o lado, eu peço-vos que olhem para esta marcha porque ela é hoje um dos maiores símbolos de esperança que nós temos sobre o país que queremos ser e sobre o país que vamos ser: um país que acolhe, que celebra a igualdade e a diversidade e o respeito por cada pessoa de viver como quer, como escolhe e como é", prosseguiu a coordenadora bloquista, concluindo que "é em nome dessa alegria e dessa liberdade que estamos aqui e é por isso que estas marchas são sempre tão bonitas e tão emocionantes".