O primeiro-ministro israelita disse-se horrorizado com as “bandeiras a Organização para a Libertação da Palestina no coração de Telavive” e escreveu no Twitter que a manifestação era “o melhor testemunho da necessidade de uma lei nacional”. O nome “Lei do Estado-nação”, como é conhecida a lei, é uma forma abreviada do nome completo: “Lei Básica: Israel como Estado-Nação para o Povo Judaico”.
אין עדות טובה יותר לנחיצותו של חוק הלאום. אנו נמשיך להניף את דגל ישראל בגאון ולשיר את התקווה בגאווה גדולה pic.twitter.com/thVUDJ4PDh
— Benjamin Netanyahu (@netanyahu) August 11, 2018
Os palestinianos, que representam 20% da população, já tinham uma situação de desvantagem no país: menos bolsas de estudo, menos empregos, habitação e piores cuidados de saúde. Contudo, esta lei vai mais longe, dando-lhes oficialmente o estatuto de cidadãos de segunda, já que declara que “Israel é a pátria histórica do povo judaico e, nela, ele tem um direito exclusivo à autodeterminação nacional” e que os colonatos devem ser encorajados. Assim, consagra-se Jerusalém unida como capital de Israel e define-se o hebraico como língua oficial (relegando o árabe para língua com estatuto especial). Declarando que apenas um Estado pode existir nos territórios controlados por Israel, Israel responde ao seu próprio medo de que a solução de dois Estados possa ameaçar o caráter judaico da região, já que os judeus podem estar em minoria.