“A resposta de Israel, esta noite e depois, cobrará um preço significativo aos nossos inimigos”, afirmou o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu após uma reunião do gabinete de segurança para discutir o que as Forças de Defesa de Israel (IDF) descreveram como a maior salva de foguetes desde a guerra de 2006 no norte Israel. A maioria dos 34 projéteis, disparados contra Israel após as incursões dos sionistas Mesquita de Al-Aqsa, foi intercetada, mas registaram-se dois feridos leves e um incêndio.
O IDF confirmou que jatos israelitas atingiram Gaza e que foram lançados também mísseis no Líbano, atingindo “alvos, incluindo infraestruturas terroristas pertencentes ao Hamas”.
A AFP relatou pelo menos três explosões na região de Tire, no sul do Líbano, com pelo menos dois projéteis a cair junto a um campo de refugiados palestinianos. Um míssil caiu na casa de um fazendeiro perto do acampamento, causando danos materiais.
De acordo com o The Guardian, o canal pró-iraniano do Hezbollah Al-Manar informou que o bombardeamento atingiu três áreas no sul do Líbano, incluindo a área do campo de refugiados.
“Consideramos a ocupação sionista totalmente responsável pela grave escalada e flagrante agressão contra a Faixa de Gaza e pelas consequências que isso trará para a região”, afirmou o Hamas em comunicado.
Incursão policial israelita fez escalar violência
Esta semana, e em menos de 24 horas, a polícia israelita invadiu por duas vezes o complexo da Mesquita de Al-Aqsa. Os militares dispararam granadas de atordoamento e balas de aço revestidas de borracha, ferindo vários palestinianos. Cerca de 450 foram detidas e Israel restringiu o acesso à mesquita para homens palestinianos com menos de 40 anos.
BREAKING: Israeli police are invading Al Aqsa Mosque for the second day in a row, shooting at Palestinian worshippers inside. pic.twitter.com/H6i7ur6N67
— IMEU (@theIMEU) April 5, 2023
As incursões desencadearam protestos na Faixa de Gaza, com a polícia a reprimir os protestos nas cidades palestinianas de Umm Al-Fahm e Baqa al-Gharbiyeh com gás lacrimogéneo.
O Gabinete do Comité da Assembleia Geral das Nações Unidas para o Exercício dos Direitos Inalienáveis do Povo Palestino condenou as incursões da polícia israelita.
“As políticas e práticas ilegais de Israel continuaram a consolidar a sua ocupação ilegal do território palestiniano que ocupou desde 1967”, afirmou a agência em comunicado.
A organização exortou Israel a cumprir as obrigações legais internacionais, de acordo com as resoluções da ONU, e assinalou as violações no território palestiniano ocupado.
#Israel: UN expert condemns brutal attacks by Israeli forces on Palestinians praying at #AlAqsa on Wednesday. @FranceskAlbs urges intl community to step up efforts to hold the occupying power accountable before the situation spirals further out of control: https://t.co/Oq0b0zXSUB pic.twitter.com/dUfF70QHNW
— UN Special Procedures (@UN_SPExperts) April 6, 2023
Nabil Abu Rudeineh, porta-voz do presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmud Abbas, frisou que “o ataque de Israel à Mesquita de al-Aqsa, nomeadamente o ataque aos fiéis, representa uma bofetada aos recentes esforços dos EUA para tentarem garantir calma e estabilidade durante o mês do Ramadão”.
Já o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, apontou responsabilidades aos “extremistas” que se barricaram dentro da mesquita com armas, pedras e fogo de artifício.