Abbas Jafari Dolatabadi, procurador-geral de Teerão, afirma que a mulher em questão destapou a cabeça em público para “encorajar a corrupção” e criticou ainda o facto de lhe ter sido apresentada a possibilidade de sair em liberdade condicional após três meses de prisão.
Desde o final de dezembro de 2017, mais de 30 mulheres iranianas foram detidas por terem tirado os véus e tiveram de prestar declarações. Apesar de muitas terem sido libertadas, outras enfrentam acusações, e a identidade desta ainda não foi revelada.
A lei iraniana, em vigor desde a Revolução Islâmica de 1979, impõe como obrigatória a utilização do véu islâmico em público por parte de todas as mulheres, sejam ou não estrangeiras, sejam ou não muçulmanas.
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Contudo, nos últimos tempos, a rigidez tem vindo a diminuir, o que fez com que algumas mulheres nas grandes cidades do país tenham começado a utilizar véus que deixam ver o cabelo. Em algumas zonas, algumas até conduzem de cabeça descoberta, coisa que o procurador-geral garantiu que não se voltará a repetir, sob pena de apreensão dos seus veículos. "Devemos agir com firmeza contra aqueles que questionam deliberadamente as regras sobre o uso do véu islâmico", afirmou Abbas Jafari Dolatabadi.