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Greve nos aeroportos antes do Natal e fim do ano

O incumprimento do Acordo de Empresa levou o Sindicato dos Trabalhadores dos Aeroportos Manutenção e Aviação a avançar com pré-avisos de greve na Portway nos dias 22, 23, 29 e 30 de dezembro.
Foto Portway.

O período do Natal e fim do ano serão marcados por greves que afetarão a assistência em terra nos aeroportos em Portugal. No final de uma reunião na quarta-feira entre a empresa de handling Portway e o Sindicato dos Trabalhadores dos Aeroportos Manutenção e Aviação (STAMA), mediada pela Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho, as partes não chegaram a acordo e além das greves totais de 22, 23, 29 e 30 de dezembro foram também decretadas greves parciais de uma hora à entrada e duas à saída entre 9 e 31 de dezembro e greve a todo o trabalho extraordinário e em dias feriado por tempo indeterminado a partir de 9 de dezembro.

Para o STAMA, não faltam razões para o endurecer da luta contra a administração da Portway, a começar pelos "abusos na adaptabilidade" e "as inconformidades no pagamento de trabalho extraordinário”. Mas são os "atropelos à avaliação de desempenho" que dão o mote à convocatória da greve total.

“Os problemas iniciam-se em 2015 quando ao abrigo de um despedimento coletivo, a Portway `obriga` os sindicatos à assinatura do AE de 2016" que diz ter prevenido "uma quantidade considerável de perdas de postos de trabalho". Nesse Acordo de Empresa, prossegue o sindicato em nota enviada à Lusa, uma ata final "garantia uma quantidade considerável de condições de caráter financeiro, que após o período de `suspensão` de algumas cláusulas, repunha, passado o tempo de carência".

Quando chegou a altura de aplicar a ata final, a Portway simplesmente denunciou o Acordo de Empresa, “encetando negociações com quem se prestou a tal papel para a assinatura do AE de 2020 (que pelos vistos também não cumpre)”, prossegue o sindicato.

A reunião de mediação de conflitos desta quarta-feira não serviu para chegar a um entendimento, o que não surpreendeu o STAMA. “Não era de esperar grandes milagres de uma empresa que é extremamente profissional a atropelar o que assina, que anuncia prémios com pompa e circunstância" mas que "os seus trabalhadores, nos simulacros de `avaliação de desempenho` não passam da marca da mediocridade (porque assim não evoluem na carreira)”, denuncia o sindicato.

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