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Greve dos camionistas: o autoritarismo não é o caminho

Catarina Martins visitou a Praia da Leirosa para defender uma transferência permanente de sedimentos e a paragem de dragagens de areia inúteis.  Sobre a greve dos camionistas declarou que o "governo tem de ter a capacidade de ser um mediador e não um porta-voz da Antram".

Numa das zonas mais afetadas pela erosão costeira, Catarina Martins começou por sublinhar que na Leirosa “há movimentos ambientalistas muito importantes”.

A coordenadora do Bloco afirmou que a erosão costeira é um problema que “existe em muitas zonas da costa do país”. “Acumula-se areia nuns sítios, tira-se de outros. Em desespero gastam-se milhares de milhões de euros a fazer dragagens, o que não resula em nada, já que o mar volta a retirar a areia que lá foi colocada”, afirmou à comunicação social.

Por iniciativa dos grupos ambientalistas, de acordo com a mesma, foi convocada a ciência para saber o que é preciso ser feito. “E sabe-se o que é preciso fazer: uma passagem permanente que permita a transferência de areia feita pelo próprio mar ao longo do ano e, portanto, recuperar o equilíbrio natural das areias”, afirmou.

A proposta do Bloco para um estudo para se fazer esta transferência de sedimentos foi aprovada, mas não foi ainda concretizada. Assim, haverá mais dragagens e irão ser gastos mais milhões de euros.

Foi aprovado um estudo para instalar uma passagem para a transferência de sedimentos que possa proteger a praia de Leirosa. “Em vez de continuarmos a gastar milhões de euros em processos de dragagens, é preciso usar a ciência e usar recursos de forma útil”, apontou a coordenadora do Bloco.

Greve dos motoristas

A coordenadora do Bloco, ainda em declarações à comunicação social, afirmou que a luta que marcou os noticiários esta semana “chamou a atenção do país para a forma como trabalham: longas horas e salários base muito baixos”. “O país acordou para um problema real”, considera.

Catarina Martins insiste ainda que é preciso abrir espaço às negociações e que o autoritarismo não é o caminho. “O governo tem de ter a capacidade de ser um mediador e não um porta-voz da Antram”, afirmou, considerando que a Antram “tem tido uma posição de intransigência e autoritarismo” e que se “exige que se sente a negociar sem pré-condições”. “O país precisa dessa serenidade nas negociações para andar para a frente tanto na sua mobilidade como nos direitos que devem ser respeitado”, rematou.

Promulgação da lei de bases da saúde

Após a promulgação da lei de bases da saúde pelo presidente da república, Catarina Martins veio relembrar que foi precisa “muita persistência à esquerda para conseguir esta lei, numa altura em que o PS teve tantos ziguezagues”. No seu entender, esta promulgação é um importante “avanço para o fim das taxas moderadoras nos cuidados primários e para que o orçamento da saúde deixe de ser para os privados e que se contratualize só quando é preciso, quando o SNS não tem oferta”.

“O Bloco vai lutar para garantir que o SNS é integralmente público e garanta cuidados de saúde com as melhores condições a toda a população”, garantiu.

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