A decisão para o encerramento da refinaria de Matosinhos surgiu a reboque da crise pandémica e permitiu à Galp avançar com um despedimento coletivo sem garantir qualquer futuro para os cerca de 5 mil trabalhadores da refinaria, alguns com décadas de carreira.
Para a Comissão Central de Trabalhadores da Petrogal, o despedimento que avançará a 15 de setembro para a maioria dos trabalhadores "será o marco mais negro na história da empresa/grupo associado à decisão comprovadamente errada do encerramento daquela instalação", afirmou.
A destruição dos 5 mil postos de trabalho representa uma perda de 1% do Produto Interno Bruto (PIB) na Área Metropolitana do Porto, referiu. Para a Galp, a CCT estimou, no primeiro semestre deste ano, uma destruição de margem de 70 milhões de euros.
"Não há racionalidade económica na decisão tomada pela administração e demonstra-o, relativamente apenas a um semestre, o primeiro de 2021 e o primeiro onde é possível avaliar o impacto global para a empresa/grupo que foi penalizada em 70 milhões de euros e torna incompreensível a teimosia em levar por diante um crime económico e social que em aparência não aproveita a ninguém", criticou a CCT a Petrogal.