O orçamento do estado irlandês para 2011 que visa reduzir o défice público, actualmente em redor dos 32% do produto interno bruto (PIB) foi aprovado com 82 votos favoráveis e 77 contra. As propostas implementadas incluem, segundo noticia o Irish Times, o aumento de impostos e um corte muito elevado na despesa pública, e afectará, essencialmente, os trabalhadores com salários médios, as famílias e os beneficiários de apoios sociais.
Entre outras medidas, está prevista a diminuição, em 10%, dos benefícios fiscais, os apoios sociais sofrem um corte de cerca de 4%, sendo que os apoios às crianças descem 10 euros por mês e aos desempregados 8 euros por semana, e sobem os impostos sobre os produtos petrolíferos. O salário dos funcionários do Estado passa a ter limite máximo de 250 mil euros. Também o salário mínimo é alvo de reduções, passando de 8,65 para 7,65 euros à hora.
Em comunicado, o FMI considerou que a aprovação do orçamento irlandês «É um sinal claro do forte empenho da Irlanda para resolver os seus problemas e explorar o impressionante potencial de crescimento desta economia aberta e dinâmica».
Também a Comissão europeia, presidida por Durão Barroso, se apressou a tecer elogios a esta aprovação. Amadeu Altafaj, porta-voz da CE, afirmou que “é um primeiro passo muito importante no sentido da implementação do programa” de redução do défice.